A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
a pastelaria, bairro alto hotel, bahr, nuno mendes
©Inês Félix

Depois do restaurante e bar, Bairro Alto Hotel abre uma pastelaria

Escrito por
Inês Garcia
Publicidade

Assim que os andaimes e tapumes libertaram a fachada do Bairro Alto Hotel, começou a ser possível espreitar lá para dentro, para tentar descobrir os novos recantos da casa. Se lá no alto está o BAHR, o restaurante e bar com dedo de Nuno Mendes e Bruno Rocha, em baixo está uma Pastelaria. 

O nome é assim mesmo. Simples, tal como esta pastelaria quer ser: despretensiosa, sem vitrines sempre cheias como as pastelarias e snack-bars clássicos da zona, e com café de especialidade. 

“Estive muito tempo a tomar o pequeno-almoço em todos os cafézinhos, do Príncipe Real até ao Cais do Sodré”, conta Bruno Rocha, o chef executivo. O resultado é uma pastelaria inspirada nas lisboetas tradicionais, “um pequeno espaço de consumo rápido onde se pode tomar um café e provar uma selecção de clássicos”. 

O caracol de alheira
Fotografia: Inês Félix

Encontrará, por aqui, oferta salgada e doce em igual medida. À primeira vista, dirá que conhece tudo: há folhados, bolas de Berlim, Jesuítas, empadas, caracóis. Mas nada é o que parece. Os folhados são de cebola caramelizada lentamente com queijo da Ilha ralado (3€) no topo ou de caril de vaca (4€), as empadas de frango são em vinha d’alhos (3€), o caracol é de alheira (3€). 

Já as bolas de Berlim existem em duas versões, uma com recheio de camarão (4€), outra com recheio de batata doce roxa (3€), a mesma batata que foi usada na massa, em troca de uma percentagem de farinha, para manter uma consistência firme, sem afundar ao toque. 

“Tenho uma paixão de infância pelas bolas de Berlim e a nossa ideia foi recheá-las com cremes divertidos”, diz Nuno Mendes. A receita das bolas de Berlim foi a que demorou mais tempo a afinar, conta Bruno. “Fizemos muitos testes. Num mês fizemos mais de 300.”

O Jesuíta
Fotografia: Inês Félix

Há pão-de-ló ao estilo de Ovar, bem cremoso no interior, para comer à colher, com azeite e flor de sal de limão (4€) – no Natal conte com uma versão grande, para rechear a mesa dos doces – e até os Jesuítas (4€) têm alteração ao clássico. “Fazemos um folhado morto com o peso. Depois o creme de ovo é trabalhado com creme fraîche, com azeite, com amêndoa. O recheio clássico de ovo é muito intenso, este tem uma identidade muito nossa”, conta o chef, reforçando que a barreira entre pastelaria portuguesa e francesa era muito ténue mas não queriam mesmo passá-la. Todas as farinhas utilizadas na confecção destes produtos são de origem portuguesa e de produção biológica.

O café é outro dos pontos centrais desta pastelaria e é de especialidade, da londrina Climpson&Sons, que privilegia o comércio justo e tem um ponto de torrefacção menor que o café português.

A Pastelaria tem poucos lugares sentados, entre os quais um sofá, a deixar brilhar o balcão em mármore e a madeira escura que reveste o espaço, mas pode sempre pedir aqui e subir para a Mezzanine, outro dos novos espaços do hotel. Acompanhe com um chai latte, escolha do chef para começar o dia, ou, se o dia já for longo, com um copinho de aguardente da Lourinhã. 

Rua do Alecrim, 129 (Bairro Alto). Seg-Dom 10.00-18.00.

+ As melhores pastelarias com fabrico próprio em Lisboa

Últimas notícias

    Publicidade