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Drogaria reabre, renova-se, mas não abdica do vício: a cozinha portuguesa

Daniel Sousa é o novo chef do restaurante Drogaria, que reabriu na Lapa. A carta continua a apostar na cozinha portuguesa moderna, mas há novos pratos para provar.

Margarida Coutinho
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Margarida Coutinho
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Foi em 2019 que o Drogaria abriu pela primeira vez as portas e já levava o gosto pela gastronomia portuguesa. Depois de uma pequena paragem durante o pico da pandemia, o restaurante no número 8 da Rua Joaquim Casimiro, na Lapa, retoma agora actividade com um novo responsável pela cozinha: Daniel Sousa. À boleia chega também uma carta renovada, com pratos que respeitam a sazonalidade. O objectivo continua a ser levar até à mesa os sabores da gastronomia típica portuguesa, sempre com um toque de modernidade.

Tal como o proprietário, Paulo Aguiar, também o chef Daniel Sousa decidiu voltar a Portugal depois de um longo período por territórios internacionais. Passou por grandes restaurantes em Barcelona e Macau, mas foi nos Açores que encontrou uma das experiências mais marcantes. “Em São Miguel conseguia ver o processo desde do ínicio”, diz o chef beirão à Time Out. “Era possível acompanhar o peixe, por exemplo, desde a lota até ao prato.” Essa influência açoriana também está reflectida na nova carta, nomeadamente, no prato de peixe do dia (16€) com barigoule de vegetais e caldo do Pico com açafroa, uma especiaria típica dos Açores.

Mas antes de continuarmos pelos pratos principais, recuamos até ao início da carta para apresentar todas as novidades. A começar pela berinjela da época (8,50€) em três formatos ou as bruschettas de sardinha curada (8,50€) com pão de massa mãe da Gleba – antes que pergunte, as famosas gyosas de cozido à portuguesa (8,50€) continuam a fazer parte da carta. Depois é possível seguir para o polvo (19€) com batata doce, pimento assado e malagueta, ou o magret de pato (21€) com cevada, beterraba e laranja. E ainda há uma opção vegan, a couve-flor salteada (15€) com espinafres, cogumelos, trigo e batata doce. Para terminar, há três novas sobremesas: a tarte de framboesa (6€) com merengue queimado e pickle de framboesa, o chocolate x3 (6€) com brownie, mousse e chocolate branco e, finalmente, a tigelada (6€), com meloa, iogurte e mel.

Drogaria
DrogariaAs já famosas gyosas de cozido à portuguesa

Quer os pratos mais antigos, quer aqueles que acabaram de chegar, todos privilegiam produtos nacionais e sazonais. Por isso, não se surpreenda se encontrar pequenas alterações na carta assim que arrancar o Outono ou quando começar o Inverno. “Gosto muito de ir ao mercado local e escolher cada produto junto dos vendedores”, confessa Paulo Aguiar num tom informal

O Drogaria nasceu da vontade do proprietário em regressar às origens e ao bairro que o viu crescer. E encontrou o sítio certo para abrir o restaurante na antiga drogaria do senhor Albino, que Paulo frequentava quando era criança. O espaço manteve alguns detalhes arquitectónicos e decorativos da década de 30 e abraçou as influências da Arte Nova com cortinados de veludo, sofás elegantes e tampos de mesa em mármore. Tudo para criar o equilíbrio perfeito entre o antigo do espaço e o moderno da gastronomia. Há também uma esplanada para aproveitar as noites quentes de Verão.

Se preferir provar os pratos da Drogaria no conforto do lar, pode optar pelo take-away ou encomendar a partir das plataformas de delivery Volup e Glovo.

Rua Joaquim Casimiro, 8 (Lapa). 933 755 442. Ter-Sáb 19.00-22.30.

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