A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Copenhagen Cowboy
©Magnus Nordenhof JønckAngela Bundalovic (Copenhagen Cowboy)

Entre o noir e o sobrenatural, a nova série de Nicolas Winding Refn

Após ‘Velho Demais para Morrer Novo’ (Amazon Prime Video), o cineasta dinamarquês estreia esta quinta-feira, na Netflix, a sua segunda série: ‘Copenhagen Cowboy’.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Publicidade

Realizador de filmes como Drive – Risco Duplo (2011) ou O Demónio de Néon (2016), Nicolas Winding Refn aventurou-se numa segunda produção para o streaming. Depois de Velho Demais para Morrer Novo (2019), minissérie protagonizada por Miles Teller (Whiplash) e disponível na Amazon Prime Video, criou (e realizou os seis episódios) de Copenhagen Cowboy, que estreia esta quinta-feira, 5 de Janeiro, na Netflix. Uma série noir que se centra numa enigmática jovem heroína, Miu.

“Após uma vida de servidão, movida pela vingança, Miu está à beira de um novo começo enquanto procura a justiça no submundo criminoso de Copenhaga, onde encontra a sua inimiga, Rakel. As duas partem numa odisseia pelo natural e o sobrenatural, em que o passado acaba por transformar e definir o futuro de ambas, e acabam por descobrir que não estão sozinhas e que há muitas como elas”. É esta a sinopse de Copenhagen Cowboy, ela própria envolta em algum mistério. No entanto, está claro que a nova série de Refn acaba por misturar géneros, entre o noir, o sobrenatural e o thriller. A actriz Angela Bundalovic (The Rain) lidera o elenco.

Nicolas Winding Refn
©Magnus Nordenhof JønckCopenhagen Cowboy

Numa entrevista à FRED Film Radio, durante a última edição do Festival de Veneza, o realizador explicou o lado mais noir da série: “Quanto ao tipo de personagem, é sempre mais interessante quando as pessoas são atraídas pelo lado sombrio do comportamento. O Shakespeare era bom nisso. E eu gosto quando o mundo ao meu redor está mais sombrio, porque o que espreita na sombra é sempre mais emocionante”. Para Nicolas Winding Refn, estas características são “obviamente uma grande parte do componente noir”.

O que pode ser também emocionante para quem acompanha o cineasta dinamarquês é esta passagem para as produções destinadas ao pequeno ecrã, em particular nas plataformas de streaming. “Acho muito interessante a ideia de streaming e a acessibilidade constante que as pessoas têm ao conteúdo hoje em dia”, afirmou Refn na mesma entrevista, em que confessou ainda que Copenhagen Cowboy nasceu porque queria fazer a sua própria versão de um super-herói, neste caso heroína.

Refn tornou-se conhecido com o filme Pusher (1996), com Mads Mikkelsen (Hannibal), sobre um implacável traficante de drogas, que escreveu e realizou com apenas 24 anos. Anos mais tarde, a sua primeira produção em língua inglesa, Fear X – O Medo (2003), com John Turturro, recebeu más críticas, levando-o à falência. Mas o realizador rapidamente deu a volta ao lançar duas sequelas de Pusher nos anos seguintes, completando a trilogia com Mãos de Sangue (2004) e Pusher III (2005), e recuperando a reputação. Uma história que pode ser conhecida mais de perto no documentário Gambler (2006), onde o realizador conta como conseguiu pagar uma dívida de 5,5 milhões de coroas dinamarquesas, cerca de 740 mil euros.

Netflix. Estreia a 5 de Janeiro

+ As 22 melhores séries de 2022

+ Depois da HBO, Ferrante vai à Netflix com 'A Vida Mentirosa dos Adultos'

Últimas notícias

    Publicidade