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Portugal Jewels x Amália
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Entre ouro e cerejeiras em flor, estas são as novas jóias de Amália

São 15 peças em prata dourada, homenagem da Portugal Jewels à eterna diva do fado. O lançamento só podia ter sido num sítio: a casa onde viveu Amália Rodrigues.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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Que outro local serviria tão bem de cenário a este lançamento do que a casa onde viveu a própria diva do fado? Hoje sede da Fundação Amália Rodrigues, o número 193 da Rua de São Bento esconde segredos e tesouros – vestígios de um guarda-roupa refinado, peças de alta joalharia lado a lado com vistosas bijuterias, inúmeros testemunhos do quotidiano daquela que em tempos foi a dona da casa e um jardim nas traseiras, outrora florido, qual refúgio em plena cidade.

"Quando fizemos a primeira visita à casa, saímos daqui com ideias para dez colecções. Podemos não conseguir falar directamente com ela, mas ela estava a falar connosco, não só por estarmos na casa onde viveu, mas também por termos aqui um conjunto de investigadores profissionais", começa por dizer Alexandre Bastos Gomes, proprietário da Portugal Jewels, juntamente com a irmã, Joana Bastos Gomes.

Portugal Jewels x Amália
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As peças, apresentadas na última terça-feira, foram espalhadas pelo jardim. Brincos, anéis, pulseiras, colares e alfinetes em prata, com banho de ouro, num total de 15 peças, praticamente todas elas pensadas para se fazerem notar. As flores de cerejeira são o elemento central da colecção Amália e as Flores.

"Havia aqui caminhos mais óbvios. A Amália tinha grandes colecções de jóias, com muitas coisas que podíamos replicar. Mas uma das coisas de que mais gostámos foi o facto de receber flores frescas em casa todas as semanas. Estava tudo rodeado de flores. A questão depois foi: que flor vamos usar? E a Amália tem uma história deliciosa: ela era uma de nove irmãs e não se sabe ao certo quando nasceu, mas a avó dizia-lhe que tinha nascido no tempo das cerejas. Então fomos atrás dessa ideia", continua o responsável pela marca, que em 2019 já havia lançado uma colecção em colaboração com Ana Moura.

A exuberância da fadista passou para as jóias, 25 anos após a sua morte. Peças algo maximalistas, também pensadas para serem versáteis e, em alguns casos, usadas de diferentes formas. Acontece com um alfinete duplo de corrente amovível, com o colar que pode transformar-se num pequeno alfinete, ou nos brincos com pequenos caules, também eles amovíveis. O verde, a única cor presente na colecção, foi escolhido para ser um elo de ligação à natureza.

Portugal Jewels x Amália
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A casa-museu está aberta ao público e pode ser visitada por 7€ (preço de adulto). As peças, por sua vez, variam entre os 150€ e os 350€. "Sinto que também aqui seguimos o mote da Amália. Ela não tinha medo de correr riscos, por isso também saímos um bocado da nossa zona de conforto. Mas há esta ideia de craftmanship, tem sido sempre transversal às jóias que fizemos, e apesar de estarmos a trabalhar com peças de escala grande, há aqui um conceito clássico, até pelas flores, que vai agradar à mulher portuguesa", remata Alexandre.

Mas Amália é também um passaporte para a Portugal Jewels reforçar a presença noutros mercados, sobretudo no francês, onde a diva portuguesa continua a ser uma figura reconhecida da cultura. Actualmente, 20% das vendas da marca são para o estrangeiro. Além de França, também os Estados Unidos se têm revelado bons compradores de joalharia nacional. Através da loja online, mas também de revendedores, é agora Amália que, uma vez mais, leva Portugal mais longe.

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