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Está aí a Monstra: um mundo de animação entre o Canadá e Portugal

Escrito por
Rui Monteiro
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O Festival de Animação de Lisboa está de regresso entre 20 e 31 de Março. São Jorge, Ideal, City Alvalade, Cinemateca e  Museu Nacional de Etnologia recebem a programação, que foi divulgada nesta terça-feira.

O Canadá é o país convidado, mas cabe a Rex, o cão mais mimado pela rainha de Inglaterra, protagonista de Cai na Real, Corgi, iniciar o desfile de heróis e anti-heróis incluído na programação da 18.ª edição da Monstra – Festival de Animação de Lisboa, que decorre entre os dias 20 e 31 de Março, nos cinemas S. Jorge, Ideal e City Alvalade, mas também na Cinemateca e no Museu Nacional de Etnologia.

A sessão de abertura, com a antestreia do filme de Ben Stassen (trailer abaixo), marcada para as 19.30 de quarta-feira, dia 20, conta com a presença do realizador, um dos muitos convidados pela organização do festival para falar sobre o seu trabalho durante um certame que, entre competições, retrospectivas, exposições e concertos, centra a sua acção na homenagem ao cinema de animação do Canadá. E, inevitavelmente, à sua figura maior, Normam Mclaren, o escocês imigrado que revolucionou o cinema de animação e abriu caminho a cineastas como Frédéric Back e Caroline Leaf, a quem também são dedicadas retrospectivas autónomas que, com a mostra de películas da produtora National Film Board of Canada (NFB), completam o retrato do cinema de animação naquele país da América do Norte, a sua importância e principalmente a sua influência.

Olhando para competição de longas-metragens encontram-se, por exemplo, obras como Funan, de Denis Do, história de luta e sobrevivência durante a revolução do Khemer Vermelho no Cambodja, Mirai, do realizador japonês Mamoru Hosoda, sobre um menino que encontra um jardim mágico que lhe permite viajar no tempo, ou This Magnificent Cake!, de Emma De Swaef e Marc James Roels, os quais, através de marionetas, contam as histórias de cinco distintas personagens na África colonial do final do século XIX, e Captain Morten and the Spider Queen, filme de aventuras sobre um rapaz que se vê reduzido a tamanho de insecto dirigido por Kaspar Jancis. Competidores a que se acrescentam ainda Tito e os Pássaros, dos cineastas brasileiros Gustavo Steinberg, André Catoto e Gabriel Bitar, sem esquecer A Torre, de Mats Grorud, e Dilili em Paris, de Michel Ocelot.

Na sessão de apresentação, Fernando Galrito, director artístico do festival, fez questão de realçar a importância da presença de 17 filmes portugueses (seleccionados a partir de 84 candidaturas), distribuídos pelas várias categorias, uma dezena dos quais presentes na competição nacional SPA/Vasco Granja. Entre estes, inevitável é destacar Moulla, de Rui Cardoso, “um dos responsáveis pela primeira série de animação portuguesa para  televisão”, Maravilhosa Expedição às Ilhas Encantadas, assim como Não Alimentem Estes Animais, realização de Guilherme Afonso e Miguel Madaíl de Freitas, narrativa da vida de um coelho lobotomizado, habitante de um laboratório e com personalidade bipolar, ou Agouro (trailer abaixo), o filme de Vasco Sá e David Doutel (que em 2016 receberam o prémio SPA/Vasco Granja com a curta-metragem Fuligem).

Outros nomes a ter em conta na competição nacional são Mónica Santos e Alice Guimarães, estreando Entre Sombras, sua segunda obra; mas quem também merece atenção é Tiago Albuquerque, apresentando o seu trabalho mais recente, Outubro 28; Paulo Monteiro, que homenageia o seu pai em Porque Este É o Meu Ofício; e, naturalmente, Filipe Abranches, que regressa ao festival com À Tona, obra sobre o resgate de um piloto de combate que se despenha no meio do oceano.

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