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Contos por Carta

Estas histórias chegam aos miúdos por correio uma vez por semana

Todas as semanas, Sofia Caessa envia “Contos por Carta”. Agora, desvendamos como as histórias de uma pequena editora batem à porta das casas das famílias.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Na região do Monte Abacaba, as fadas já foram congeladas há centenas de luas. Sem o pó do bater das suas asas, a magia deixou de existir. Para reverter finalmente a situação, Augui, a Feiticeira da Lua, está prestes a embarcar numa grande aventura com a sua neta Filú. Juntas vão ter de resolver diferentes mistérios, enfrentar vários perigos e encontrar cinco ingredientes secretos. Quais? É preciso esperar para ver. Ou melhor, ler. “A ideia é enviar uma carta por semana, endereçada de forma personalizada, e convidar as crianças dos seis aos 12 anos a acompanhar esta história através de sete capítulos. O primeiro vem com um mapa e um caderno, que servirá para guardar outras surpresas”, revela Sofia Caessa, da editora Lêleh Land.

O projecto chama-se “Contos por Carta” e começou a ser desenvolvido durante o confinamento de 2021. Como Sofia e um dos filhos fazem ambos parte do grupo de risco para a Covid-19, a editora, escritora e guionista começou a pensar como poderia a Lêleh Land fazer chegar os seus livros à casa dos leitores sem ter de ir aos correios. “Lembrei-me dos envelopes pré-pagos, porque não preciso de entrar nos postos, basta deixar as encomendas nos marcos. Mas enviar só uma carta não fazia muito sentido. Então, decidi reescrever o meu segundo livro, em parceria com a minha amiga Leonor [Vantache Vaz], que já tinha feito a revisão do texto original.”

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Contos por Carta

Agora, é possível ler Augui e o Mistério do Vale das Fadas, o segundo livro da série de Augui, num conjunto de sete cartas (30€-34,50€), sempre acompanhadas por materiais complementares. Além de um mapa da região do Monte Abacaba e de uma espécie de diário de bordo, incluídos no primeiro envio, as crianças terão oportunidade de coleccionar ilustrações de Pedro Fernandes, autocolantes em papel vegetal, cartões de reflexão e muitas outras surpresas que chegam pelo correio. “Cada cartão de reflexão inclui perguntas para as crianças trabalharem questões relacionadas com valores humanos, como a bondade, a coragem e a sabedoria”, esclarece Sofia, que já conta com um grupo de cerca de 45 leitores de palmo e meio.

Além de combater o aumento do uso da tecnologia, Sofia Caessa quer trazer de volta o hábito e a alegria de receber correspondência. O passo seguinte é terminar a tradução do projecto para inglês, para chegar a um público estrangeiro, e enviar as suas primeiras cartas para alguns professores que a contactaram com o intuito de levarem os “Contos por Carta” para dentro da sala de aula. A longo prazo, estão previstas mais histórias no mesmo formato. “Tenho muito material inédito com a Augui, e tenho um outro projecto, que ando a escrever há algum tempo.” Até lá, a editora desafia as famílias a descobrir esta nova forma de estimular a leitura dos mais novos. Quem sabe se os miúdos não ficam com vontade de escrever as suas próprias cartas.

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