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Museu Nacional de Arte Antiga
Lydia EvansMuseu Nacional de Arte Antiga

Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga tem finalmente ordem para avançar

Ampliação para Avenida 24 de Julho representa investimento de 10 milhões de euros. Outros 16 milhões serão para reabilitar Palácio Burnay, onde ficará empresa Museus e Monumentos de Portugal.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
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A ampliação do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) foi planeada entre 2015 e 2016, mas só ontem, dia 4 de Janeiro, o Governo anunciou algo concreto: a "aquisição de três prédios na Avenida 24 de Julho, que permitirá finalmente a expansão" da estrutura, "algo muito importante", na visão do primeiro-ministro, António Costa. O anúncio foi feito na cerimónia que marcou a entrada em funcionamento de duas novas empresas de gestão do Património Cultural nacional: a Museus e Monumentos de Portugal (MMP), E.P.E. e o Património Cultural, I.P.. Já através da plataforma X (antigo Twitter), o governante referiu "a aquisição de terrenos na Avenida 24 de Julho com vista à expansão do MNAA Lisboa", classificando a decisão tomada em Conselho de Ministros como uma "ambição há muito desejada".

A ampliação do museu é considerada pelo actual director, Joaquim Caetano, um movimento "crucial", uma vez que a estrutura se debate há anos com problemas como a falta de espaço e uma acessibilidade deficitária. A medida havia sido aprovada em 2021 pela Assembleia Municipal de Lisboa já depois de ter sido defendida por António Costa, em 2016, meses depois de ter abandonado a presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e numa altura em que frisava a importância de estreitar relações entre o Governo central e a autarquia. O projecto de ampliação do MNAA tem, desde 2015-2016, sido então discutido entre o museu, a Direcção-Geral do Património Cultural, o Governo e CML.

Por outro lado, segundo o primeiro-ministro, a criação das duas novas entidades entidades de gestão cultural (a MMP e a Património Cultural) representa “um passo muito importante para que a Cultura seja mesmo um ministério e possa ter organismos que estão focados e centrados na realização das missões que lhe estão atribuídas: gestão de museus e monumentos, a sua valorização e animação, e simultaneamente a valorização do património cultural”. O funcionamento da MMP, por sua vez, envolve um investimento de 16 milhões de euros, alocado à reabilitação do Palácio Burnay (abandonado desde que dali saiu o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa), na Rua da Junqueira, em Alcântara, onde irá funcionar aquele organismo.

Estes investimentos, afirmou António Costa no Palácio da Ajuda, "significam que o reforço do orçamento do ministério não se destina exclusivamente ao financiamento da criação cultural, não se destina exclusivamente à aquisição de obras de arte, mas tem de se destinar também a dotar os organismos do ministério da sua capacidade de actuação permanente”. Dos 187 milhões de euros orçamentados para a Cultura em 2015, “foi possível atingir 514 milhões de euros em 2024", destacou o governante. Nas contas entra, evidentemente, o Plano de Recuperação e Resiliência, que está a permitir "fazer um investimento sem paralelo na reabilitação e restauro do património cultural", num total de 216 milhões de euros.

Recorde-se que, há um ano, o Ministério da Cultura anunciou a ampliação de outro equipamento cultural de grande relevo em Lisboa: o Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC). O equipamento expandirá para as antigas instalações da PSP, no Chiado, estando o concurso público de concepção para o projecto de remodelação e ampliação do MNAC aberto até Março.

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