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São 50 fotografias de Brian Skerry, fotojornalista especializado na vida marinha. Mostram um lado menos conhecidos destes predadores dos mares.
Depois de Washington, Atlanta e Corpus Christi (Texas), chega a Lisboa a exposição "Sharks, uma missão de Brian Skerry", o resultado de mais de 10 mil horas de mergulho e 14 viagens à volta do mundo para fotografar espécies como o tubarão-tigre, o tubarão-branco ou o tubarão-azul.
O objectivo deste trabalho passa por alertar o público para o perigo de extinção destes animais e também por ensinar a apreciar os tubarões em vez de apenas temê-los. Segundo o Oceanário de Lisboa, todos os anos são capturados cerca de 100 milhões de tubarões, uns acidentalmente, outros com o intuito de comercializar as suas barbatanas (é pensar duas vezes antes de nos atirarmos a uma sopa de barbatanas de tubarão).
Só que os tubarões são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos: "Espero que os visitantes saiam com uma nova visão sobre estes magníficos animais que são muitas vezes incompreendidos. Os tubarões desempenham um papel vital na saúde dos ecossistemas do oceano. Através da fotografia, acredito que podemos aprender a vê-los sob uma nova perspectiva e a reconhecer o seu valor para o nosso planeta", explica o fotógrafo em comunicado. E João Falcão, CEO do Oceanário de Lisboa, sublinha a mensagem: "Esta exposição é uma excelente representação das ameaças existentes e esperamos, através das imagens, transmitir a necessidade de alteração de comportamentos, em prol da conservação do oceano."
O primeiro encontro imediato que Skerry teve com um tubarão-azul foi há 30 anos, na costa de Rhode Island nos EUA, e foi aí que nasceu a sua paixão pela espécie: "Todos os meus sentidos ficaram em alerta. O meu coração acelerou à medida que me aproximei até cerca de um metro de distância. O tubarão mal reparou na minha presença e desapareceu".