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Feira do Livro 2014
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Feira do Livro: máscaras obrigatórias, lotação limitada e a “maior oferta editorial de sempre”

As entradas e saídas do recinto são controladas para limitar lotação. Espaços de restauração foram reduzidos e não haverá lugares sentados nas praças, com exceoção para os auditórios.

Escrito por
Francisca Dias Real
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Ainda em Março, a Associação de Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) anunciou o adiamento da Feira do Livro de Lisboa, prevista para 28 de Maio a 14 de Junho, empurrando-a para o final do Verão. A feira arranca a 27 de Agosto como sendo a 2.ª maior edição de sempre, mas com novas regras: uso de máscara é obrigatório em todo o recinto e a lotação será limitada. 

A celebrar os seus 90 anos, a Feira do Livro assume este ano um novo formato por conta da situação pandémica que se vive, adaptando tanto o espaço como a programação para que sejam garantidas as regras de distanciamento social. Ainda assim, o Parque Eduardo VII ficará marcado por aquela que a APEL diz ser a segunda maior edição de sempre da Feira do Livro, superando a de 2018, uma vez que “num natural contexto de incerteza económica, editores e livreiros não hesitaram em participar”, referem em comunicado. O evento conta assim com um total de 310 pavilhões, 117 participantes e 638 marcas editoriais representadas. 

“Exigente todos os anos, esta edição foi um desafio acrescido no que diz respeito à sua organização, para garantir que os visitantes se sintam seguros com todas as medidas introduzidas. As pessoas vão encontrar uma feira mais ‘arejada’, com alamedas mais amplas, um espaço pensado para obter circuitos de circulação mais fluídos”, afirma João Alvim, presidente da APEL, no mesmo comunicado.

O uso de máscara será obrigatório por todo o recinto, seja pelos visitantes como pelos expositores, havendo também dispensadores de álcool gel por todo o recinto. As entradas e saídas serão controladas, ao contrário dos anos anteriores, uma vez que esta edição terá lotação limitada a 3300 pessoas em simultâneo no recinto, um número que a organização diz “conservador e com uma ampla margem de segurança para aquelas que são as recomendações da DGS, de um distanciamento social de dois metros entre pessoas”. No decurso do evento, a lotação poderá ser ajustada sob as orientações da Proteção Civil da autarquia.

Outra das medidas implementadas foi a redução do número de espaços de restauração, promovendo os que assumem um formato de consumo on the go, não havendo assim lugares sentados nas praças (excepto os auditórios). 

O que há além das compras na Feira do Livro

Para o efeito, a organização optou por dispensar infraestruturas consideradas não essenciais. Num ano atípico como este, a organização do evento optou por realizar actividades ao ar livre, pelo que o Auditório Principal será assim um espaço aberto, havendo ainda dois novos auditórios que acolhem alguma da programação da feira – programação essa que contempla nesta edição mais de 800 actividades.  

A organização recomenda a inscrição prévia junto das respectivas editoras promotoras das apresentações de livros, lançamentos, palestras, workshops e sessões de autógrafos, para evitar aglomerações de pessoas.

A Hora H continua a ser um ex-libris da feira e este ano não será excepção. Acontece de segunda a quinta, entre as 21.00 e as 22.00 e promove descontos mínimos de 50% em livros lançados há mais de 18 meses.

O ambiente e a sustentabilidade continuam a ganhar destaque a cada edição do evento, e este ano volta a selar uma parceria com a The Navigator Company, disponibilizando 30 mil sacos de papel reutilizáveis. Também o Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul irão promover uma acção de educação ambiental enquadrada na sua campanha de sensibilização “Vamos salvar os cavalos-marinhos da Ria Formosa”, através de diversas sessões de leitura do conto “O Xerife da Ria Formosa”. De salientar também que haverá um parque extra para estacionar bicicletas.

Como é habitual, as BLX (Bibliotecas Municipais de Lisboa) ficam responsáveis pelo grosso da programação infanto-juvenil, promovendo a Hora do Conto, que acontece sempre de segunda a sexta às 17.00, e outras actividades como apresentações de livros, leituras encenadas, debates e sessões de música e de dança.

Também é um habitué a participação da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) que promove 15 debates sobre temas actuais, retratados nos Ensaios da Fundação que este ano celebram dez anos. Confinamento, administração pública ou a banca são alguns dos temas em debate. 

A Santa Casa da Misericórdia tem previstos concertos ao longo dos dias de Feira do Livro,a maior a decorrer no Auditório Sul. Também terá lugar ao longo destes dias a 5.ª edição do “Prémio Literário UCCLA – Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa.

À semelhança de outros anos, também a iniciativa da APEL e do Banco de Bens Doados (BBD) “Doe os Seus Livros” está de volta. Os visitantes são desafiados a doar os livros novos ou usados que não queiram guardar para que estes possam ganhar uma nova casa – a entrega dos materiais é feita num pavilhão próprio junto à entrada sul do Parque Eduardo VII. 

Os livros doados são encaminhados depois para as crianças apoiadas por instituições, que integram a rede do BBD. Os livros que não estiverem em bom estado são reencaminhados para a campanha Papel por Alimentos, que entrega aos Bancos Alimentares Contra a Fome produtos alimentares básicos em troca de papel recolhido.  

As pessoas de mobilidade reduzida terão ao dispor no pavilhão de informações sul da APEL cadeiras de rodas cedidas pela Santa Casa da Misericórdia.

A feira assume também um novo horário, e passa a funcionar de segunda a quinta, das 12.30 às 22.00, das 12.30 às 00.00 nas sextas, das 11.00 às 00.00 aos sábados e, aos domingos, abre também às 11.00 mas fecha às 22.00.

Parque Eduardo VII. 27 de Agosto a 13 de Setembro. Seg-Qui 12.30-22.00, Sex 12.30-00.00, Sáb 11.00-00.00 e Dom 11.00-22.00. Entrada livre.

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