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Ó prò novo dancefloor da mina
DRÓ prò novo dancefloor da mina

Festas em Lisboa? Ó prò novo dancefloor da mina

O colectivo responsável pela rave queer e feminista de Lisboa regressa na sexta-feira com uma festa de angariação de fundos para o novo centro comunitário cultural que irá abrir na cidade.

Escrito por
Clara Silva
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A mina, festa que agita a noite underground de Lisboa desde 2017, está finalmente de volta – e, pelos vistos, vem para ficar. Depois de um período sem festas techno (o 3º aniversário, marcado para fim de Março de 2020, teve de ser cancelado), o colectivo juntou-se provisoriamente à Rádio Quântica no espaço Manta, na Calçada de Santana, com uma programação com DJ sets, filmes, workshops e clubes de leitura.

Agora, anunciou a boa nova: “Encontrámos o nosso espaço de sonho”, escrevem num comunicado. A “venue multiusos”, como lhe chamam, vai estar disponível a partir de Dezembro e fica numa “área industrial, livre de qualquer restrição de ruído” – o que significa que não irá haver problemas com os vizinhos nas festas noite dentro.

O novo espaço não será apenas para raves com preocupações de liberdade e segurança para a comunidade LGBTQ+ – aliás, tiveram alguns problemas com outros espaços na cidade por não concordarem com as políticas discriminatórias de alguns sítios. Pretende ser um “centro comunitário cultural”, com lugar “para vários estúdios e estações de trabalho, salas de ensaio e espaços incríveis para apresentações musicais e performances”, adiantam. “Lá poderemos organizar nossas festas e também acomodar outros eventos da nossa comunidade, além de shows e ensaios, palestras, workshops, exposições, exibições de filmes e encontros comunitários.”

Por enquanto, o colectivo ainda não alcançou a meta monetária a que se propôs: 10 mil euros. O dinheiro servirá, explicam na campanha de crowdfunding, para as primeiras “rendas e depósitos”. Servirá também para pagar as contas, para o sistema de som e para garantir algum material de conforto e segurança para os eventos.

Os donativos podem ser feitos através da campanha de GoFundMe ou com outros bens como “móveis, equipamentos de tecnologia ou decoração”, como plantas e tintas. “Entrem em contacto se forem artistas à procura de um estúdio privado acessível ou de uma sala de ensaios no nosso espaço”, apelam.

A grande angariação será feita já esta sexta-feira no regresso da mina, um “Rebirth-day”. Tal como nas festas anteriores, os detalhes, incluindo o local, só serão divulgados em cima do acontecimento. Os DJs residentes da festa são normalmente marum, BLEID, Violet e Photonz, mas também os nomes não foram confirmados.

Na página de crowdfunding vários contribuintes vão deixando as suas mensagens de apoio ao colectivo. Um deles, Pedro Marinho, diz querer continuar a ver o projecto crescer. “Não só porque é necessário um espaço focado na cultura como também um safe space para as comunidades LGBT, PoC, entre outras, em Lisboa. Dado o momento que vivemos, com nacionalismos e supremacismos, vai ser preciso um lugar onde consigamos apoiar-nos mutuamente [para] podermo-nos expressar e criar livremente.”

Sexta, 22.00, local a anunciar nas redes sociais da mina. Campanha de crowdfunding aqui.

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