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Festival Big Bang
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Festival Big Bang volta ao CCB com Salvador Sobral, trampolins e robôs

O Festival Big Bang regressa ao CCB para a sua 11.ª edição com mais de duas mãos cheias de experiências de música e aventura para toda a família.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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O Festival Big Bang, criado a pensar em quem tem “ouvidos curiosos e espíritos destemidos”, volta ao Centro Cultural de Belém para a sua 11.ª edição. Após um ano de interregno forçado, a programação para os dias 22 e 23 de Outubro promete uma explosão de sons, cores e sensações, com muitos espectáculos, concertos, instalações e tantas outras surpresas.

A decorrer em doze países europeus e no Canadá, o Big Bang não é um festival qualquer: é um projecto internacional com vários parceiros. Iniciado pela companhia belga Zonzo Compagnie, foi abraçado em Portugal pela Fábrica das Artes, que tem aberto um importante espaço para o intercâmbio de experiências musicais para crianças, com músicos portugueses e estrangeiros.

“Estarmos juntos é a grande pérola destes festivais. De repente, estamos a pensar uma infância contemporânea, moderna, cosmopolita, que não é só das crianças, também é dos pais que vêm com elas”, diz Madalena Wallenstein, coordenadora da Fábrica das Artes. “É fazer disso uma festa, com música para todos nós, de qualidade, diversificada, com segredos e contrastes.”

Com entrada livre, mediante levantamento de bilhete (sujeito à capacidade da sala), o foyer do Grande Auditório será uma espécie de aperitivo para esta edição (Sex 10.00-16.00 e Sáb 11.00-17.00). Por cima da sua cabeça, terá a oportunidade de ver uma instalação do compositor belga Serge Verstockt. Em digressão desde 2013, consiste em dezenas de pássaros mecânicos, que reagem à voz e expressam-se através de alegres trinados.

Na sexta-feira, o festival arranca pelas 10.00 em vários espaços em simultâneo. Na Black Box, por exemplo, encontrará HUSH – Henry’s dream machine (+6), da Zonzo Compagnie, que mergulha no universo imaginativo do compositor inglês Henry Purcell. A proposta repete-se no mesmo dia, às 13.30, e no dia seguinte, às 11.00 e às 14.30. “Envolve um alaúde, um acordeão, uma cantora e um teatrinho de objectos.”

Se os miúdos estiverem mesmo é com vontade de dar uns saltos, o melhor é correrem até à Sala Almada Negreiros para experimentar a Oscibouncer (Sex 10.00-13.30 e 14.30-16.00 e Sáb 11.00-13.30 e 14.30-17.00, +4), uma instalação de trampolins criada por David Jongen e Elize Rausch. Os pulos accionam sensores, que controlam sons e luzes, e determinam o ritmo, o volume e a iluminação.

Igualmente divertida, ouvimos dizer, é a Spotter (Sex 10.00-13.00 e 14.00-16.00 e Sáb 11.00-13.00 e 14.00-17.00, +4). Invenção de Chris Koolmes, trata-se de uma máquina de dança interactiva, que convida a ser DJ e VJ por um dia. Basta dançar na pista de dança e ver como os nossos movimentos desencadeiam sons e explosões de luz, cor e formas.

Para fãs de um bom concerto, o Quarto do Tomás e do Samuel (Sex 10.45, 12.30, 14.00 e 15.15 e Sáb 11.45, 13.30, 15.00 e 16.15, +4) estará de portas abertas na Sala Sophia de Mello Breyner Andersen. A performance de Tomás Longo (vibrafone) e Samuel Gapp (piano) promete falar-nos dos sonhos, o local onde enfrentamos o mundo que a realidade nos oferece.

Já na Sala Fernando Pessoa, o Quarto do Michel e do Jorge não só promete mais música como ainda assegura um show de sapateado. Com sessões na sexta-feira (11.15, 13.00 e 14.30) e no sábado (12.15, 14.00 e 15.30), debruça-se sobre viagens e miragens através de uma partitura visual e sonora.

Um outro espectáculo de música a não perder é o da Monda Teatro-Música, na Sala Luís de Freitas Branco. Depois da estreia durante o ciclo Pharmácia Amália, em Fevereiro de 2020, Sou Filha das Ervas regressa às salas do CCB (Sex 11.00 e 14.30 e Sáb 12.00 e 15.30), num momento intimista baseado nos versos, poetas e cantigas de Amália Rodrigues. A dar-lhes voz teremos três cantoras, acompanhadas por guitarra e violoncelo.

“Fizemos ainda uma encomenda ao Salvador Sobral”, revela Madalena, referindo-se a Estradas (Sex 12.00 e 15.00 e Sáb 12.45 e 16.00), que também conta com a participação da actriz francesa Jenna Thiam e o pianista castelhano Javier Galiana. Partindo das suas memórias na estrada, os artistas vão procurar reflectir sobre “o sítio das possibilidades”, que é também o dos medos, entre o real e o sonho.

Em vários espaços, mas em horário surpresa, haverá ainda uma instalação sonora. Unheard de K.A.K. & Crew irá surpreender com a invasão de um mini-exército de megafones robóticos e enérgicos, que vão abanar o rabo atrás dos transeuntes, dar voltas travessas em torno das famílias e sabe-se lá mais o quê.

A anunciar os finais de dia, bem como a fechar o festival (Sex 17.00 e Sáb 18.00), teremos Seven Dixie. Formado por trompete, trombone, clarinete, tuba, banjo, piano e bateria, o grupo irá evocar o espírito dixieland num concerto com temas de grandes músicos como Louis Armstrong, King Oliver, Johnny Dodds ou Dixie Rebels.

Centro Cultural de Belém. 22-23 de Outubro. 2,50€-4,50€. Entrada no foyer e Seven Dixie grátis, mediante levantamento de bilhete na bilheteira do CCB.

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