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Lumen Hotel
Manuel Manso

Fez-se luz. O novo hotel de Lisboa é o primeiro com videomapping

A iluminação é levada muito a sério no Lumen Hotel & The Lisbon Light Show, que acaba de abrir. Além dos espectáculos, o hotel tem uma piscina na cobertura e um restaurante de sabores portugueses.

Teresa David
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Teresa David
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Os olhos curiosos dos turistas que vão chegando ao novo Lumen Hotel & The Lisbon Light Show destapam os sorrisos escondidos por trás das máscaras. Lisboa tem muito para descobrir, mas grande parte da sua beleza é imaterial. Falamos da sua luz, que serve de inspiração para filmes, pinturas, poemas e canções. Assim como aqueles que o visitam, o hotel de quatro estrelas, que abriu no final de Julho, na zona de Picoas, deixou-se seduzir pelo brilho da cidade e fez da luz a sua musa.

Com uma piscina no terraço, um ginásio, vários bares, quartos com diferentes tipologias e camas super king size, um restaurante, salas de conferência e coworking e salões para eventos, o elemento diferenciador é mesmo o espectáculo diário de videomapping. O hotel é o primeiro em Portugal e um dos poucos no mundo a apostar numa exibição diária do género. “É uma homenagem a Lisboa”, diz o manager Sérgio Bernardo. E também uma forma de inovar dentro do conceito da luz.  

Lumen Hotel
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Todas as noites, às 22.00, durante 15 minutos, são projectadas imagens de monumentos, de guitarras portuguesas, de azulejos, de sardinhas, de eléctricos, do Tejo e de outros símbolos da cidade nas paredes que rodeiam o recatado pátio Fotossíntese, que faz lembrar os jardins japoneses, rodeado de plantas, com mesas e cadeiras brancas, e convidativo a um copo ao final do dia. O espectáculo, que acontece, como não poderia deixar de ser, ao som do fado, pode ser visto a partir deste pátio, na esplanada do restaurante Clorofila ou desde os quartos virados para o interior. O momento é aberto ao público em geral.  

No restaurante, disponível também para não hóspedes, o chef Celso Dias leva à mesa sabores portugueses “com um twist” e uma componente saudável. De segunda a sexta-feira, o Clorofila funciona com buffet ao almoço e jantar à carta – ao fim-de-semana não há buffet. Do menu, desenhado para ser partilhado, destacam-se o couvert tripartido com creme de queijo fresco e caril, aros de cebola roxa panadas com panko, e vegetais crus com molho de iogurte grego e cebolinho (3€); o bisque de lagostim e os seus sliders (16€); as pataniscas de amêijoa, arroz de lima e maionese de alho assado (12€); a caçarola de arroz malandrinho com garoupa e espuma de hortelã (14€); o desfiado de pato com carolinoto de cogumelos e maçã verde (12€); e, para sobremesa, a tarte de figo com gelado de requeijão, mel e nozes (6.5€). 

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Com a excepção do restaurante, toda a decoração do edifício, idealizado pelo arquitecto Frederico Valsassina, e com assinatura de Nuno Gusmão, do Atelier P06, nas zonas comuns, e de Barbara Neto, da Lemon Variance, nos quartos, é focado na iluminação. As fachadas são todas em vidro e os cortinados em tecido burel têm reentrâncias para deixar entrar a luz. Nas zonas comuns, há cerâmica nas paredes, que reflecte os raios de sol, feixes de luz artificial que remetem para a diagonal da ora d’oro, e “todo o light design tem oito cenários de luz diferentes ao longo do dia e que vão do 1% até aos 99%”, explica o manager.  

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Apesar de todos os componentes do hotel ao nível da inovação e do conforto, o orgulho de Sérgio Bernardo é o staff. “É incrível como num hotel tão icónico como este, e com tantos pontos de interesse, como o videomapping, os quartos maravilhosos, uma piscina na cobertura e um restaurante fantástico, o que é mais elogiado pelos clientes é a equipa. O que é muito prazeroso”, conta. 

Este contacto começa logo no check-in que se distancia, em grande medida, do tradicional. Trata-se de uma experiência personalizada, sempre que a afluência o permitir. “O cliente é abordado à entrada, ainda antes de chegar ao balcão da recepção, para uma conversa informal de forma a tentar perceber a finalidade da sua viagem. Tentamos fazer um check in personalizado de acordo com o verdadeiro interesse do cliente”, revela. 

Feito o check-in, o cliente é acompanhado a um dos 160 quartos distribuídos pelos seis pisos — os deluxe (standard), familiares, com possibilidade de serem comunicantes, master e executivos. O sexto piso é muito voltado para a vertente empresarial, com o espaço partilhado Executive Zénite “ideal para fast meetings, para coworking ou para pequenas reuniões”. 

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Com valores por noite a partir dos 130€, estes quartos podem ter vista para a rua ou para o pátio Fotossíntese. “A luz entra em todos os quartos porque estes têm uma parede totalmente em vidro, independentemente de serem city view ou show view. Neles há três decorações que dão continuidade a essa luz”, refere Sérgio. Essas decorações têm por base vários momentos do dia e estão presentes na cabeceira e no tapa pés da cama: os quartos em amarelo reflectem o amanhecer; os alaranjados o entardecer; e os cinzentos o anoitecer. Ao fazer a reserva no site do hotel, o cliente tem a opção de escolher a decoração que mais desejar. 

Apesar da decoração colorida, o que salta mais à vista são as camas. Com dois metros e vinte por dois metros, as super king size permitem desenhar um anjo da neve nos lençóis de algodão. Também a merecerem destaque nos quartos estão os produtos da casa-de-banho. “Como fizemos homenagem à luz de Lisboa, quisemos fazer homenagem a produtos portugueses. Temos amenities da Benamôr na casa-de-banho e alguns clientes muito honestos pedem-nos para comprar”, brinca.

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Do terraço vemos os telhados da cidade, a ponte 25 de Abril e o Cristo Rei. “Estamos a pensar montar aqui um baloiço panorâmico muito instagramável”, diz o responsável. A manter a coerência com o conceito do hotel, a piscina semi-aquecida da cobertura não tem a típica cor azul. “De manhã, quando o sol incide sobre a piscina, é um vermelho vivo, à tarde um alaranjado, e ao final do dia um rosado.” A cobertura prepara-se para incluir um bar que está ainda em “fase final de produção”.

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