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Fhair: o novo cabeleireiro sustentável no Cais do Sodré que dá descanso ao planeta

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Foi há sete anos, quando engravidou pela primeira vez, que Ana Fernandes começou a descobrir o maravilhoso mundo da sustentabilidade e o quanto o simples acto de lavar o cabelo pode ser tóxico. Agora e muitas horas de pesquisa depois, Ana é proprietária do Fhair, o novo cabeleireiro que abriu no Cais do Sodré e que se guia por práticas éticas, responsáveis e justas para com as pessoas e meio ambiente.

Cabeleireira no Griffehairstyle na altura, Ana começou a tomar consciência de que todos os dias se expunha a químicos, com coisas tão simples como champô ou condicionador. “Estava grávida quando comecei a pensar bem nestas coisas. Fazia-me impressão que ao mexer em produtos tão básicos como o champô estivesse a expor a minha pele a tanta toxicidade, e o pior é que a pele absorve tudo, por isso entrando na corrente sanguínea afectava o bebé", explica. “Foi nessa altura que comecei a pesquisar se havia alternativas e nasceu a vontade de abrir um espaço sustentável, uma opção viável.”

Ana Fernandes abriu há pouco mais de um mês o seu espaço no Cais do Sodré
@Anna Balecho

Só há três anos, no entanto, é que Ana decidiu dedicar-se a sério e levar avante o que tinha começado a magicar. “Vasculhei todo o tipo de marcas, quais é que respondiam a esta filosofia, porque eu queria fazer uma coisa consistente e séria, não gosto de dizer que é orgânico e sustentável porque sim, tem de ter uma razão de ser”, conta-nos, dizendo que acabou por testar nela mesma e nas tias o que ia encontrando ao longo do tempo, pois “não queria, de forma alguma, comprometer os resultados”.

Depois de muitos testes, foi a marca Davines, do norte de Itália, que levou o troféu por ser completamente isenta de petróleo e ser vegana. Era a Davines que respondia a todos os requisitos de sustentabilidade que Ana precisava para, finalmente, ter matéria-prima para trabalhar e fazer nascer deste parto difícil o Fhair Organic Hair Studio.    

A marca parceira escolhida pela sustentabilidade foi a Davines
@Anna Balecho

“Há poucas marcas que consigam cumprir todos os requisitos, porque tudo isto gira em torno de uma questão muito simples: o lucro”, afirma Ana. “Por exemplo, eu, com as minhas escolhas, não vou ter o lucro que a maior parte dos cabeleireiros tem. Mas é uma escolha minha e é a minha filosofia.”

É essa filosofia que justifica todas as questões para quem não associa de imediato um cabeleireiro a uma coisa sustentável e orgânica. “Consigo provar que isso é possível. A ideia aqui é oferecer às pessoas produtos de qualidade”, refere. E além de toda a gama e serviços no que toca aos cabelos, Ana Fernandes quis que houvesse também serviços de maquilhagem, também eles com produtos orgânicos, e muito em breve manicure e estética.

A cabeleireira está certa de uma coisa: “Esta é a melhor altura para ter aberto este espaço”. Afirma que quando há três anos traçou o plano de projectos tinha grande parte do orçamento dedicado à comunicação, para desmistificar mitos sobre a sustentabilidade ambiental, mas agora o cenário mudou. “Passaram só três anos, mas muita coisa evoluiu. As pessoas estão mais informadas e já são elas a procurar este tipo de ofertas amigas do ambiente. É o futuro e estamos a viver a melhor altura para nos atirarmos de cabeça para isto”, confessa Ana.

O que é que o Fhair tem? Tem reaproveitamento em todo o lado, tem

No Fhair até as luvas que usam foram seleccionadas de forma a pensar no ambiente. “Fiz as contas e, se usasse as luvas descartáveis, estava a gastar cerca de dez luvas por dia, era uma loucura”, diz. “Agora temos outras luvas que desinfectamos e são reutilizáveis. Desde que abrimos, em meados de Maio, que estamos a usar as mesmas. É só pensar na quantidade que já estamos a poupar.”

As luvas são reaproveitadas para evitar o gasto excessivo
@Anna Balecho

Muitos dos materiais que compõe o espaço foram reutilizados e reaproveitados até para os pequenos detalhes, como é o caso dos tubos que adornam os balcões que são simples tubos de canalizações antigas já degradados. “Aqui só falta pôr energia renovável, que é um projecto que quero tornar possível para o próximo ano. Já tenho redutores de caudal, cinzeiros de bambu, iluminação a leds, enfim todos o detalhe contam”, diz. 

Rua da Moeda 12, 1200-282. 218 031 400. Ter-Sex 10.00-20.00. Sáb. 10h00-17h00.

+ As marcas sustentáveis que tem de conhecer

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