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Chef, Fifty Seconds, Filipe Carvalho e Martín Berasategui
©Ricardo LopesFilipe Carvalho e Martín Berasategui

Fifty Seconds perde Martín Berasategui por decisão do Sana. Filipe Carvalho também sai

Grupo que detém o restaurante não quis renovar o contrato ao chef espanhol. Com a mudança, Filipe Carvalho, o chef que assegura diariamente a cozinha do Fifty Seconds, não quis continuar.

Cláudia Lima Carvalho
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Cláudia Lima Carvalho
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O grupo Sana decidiu não renovar o contrato a Martín Berasategui, o chef espanhol com mais estrelas Michelin da Península Ibérica e que dava nome ao Fifty Seconds, restaurante no topo da Torre Vasco da Gama, que abriu em 2018. Filipe Carvalho, o chef executivo, a quem foi dada a oportunidade de continuar e crescer dentro do grupo, decidiu sair.

O contrato mantém-se em vigor até 31 de Dezembro, mas 2024 será mesmo um ano de vida nova no restaurante que conseguiu a primeira estrela Michelin logo no primeiro ano de funcionamento. A segunda estrela tem sido um objectivo desde então, mas também se sabe que o Guia Michelin não gosta de incertezas. 

Não há um comentário oficial à mudança, mas a Time Out sabe que o grupo pretende manter o trabalho de excelência pelo qual o Fifty Seconds se tornou reconhecido. Fecha-se este ciclo de cinco anos para se iniciar um novo, que pode passar por uma aposta clara num chef português, apesar de estarem a ser estudadas também soluções internacionais. 

A decisão será anunciada até ao final do ano, também para assegurar uma transição suave e já com os olhos na gala do Guia Michelin Portugal, marcada para 27 de Fevereiro do próximo ano no NAU Salgados Palace & Congress Center da Guia, em Albufeira. De recordar que esta será a primeira vez que Portugal e Espanha têm eventos separados – em Espanha, o evento acontece já a 28 de Novembro, em Barcelona.

Com a publicação de um guia dedicado ao nosso país, espera-se uma maior aposta na restauração nacional. A divisão entre Portugal e Espanha era um desejo antigo do sector, antevendo-se que isso possa ser sinónimo de uma maior representatividade no guia, já que até agora fica sempre a sensação de Portugal permanecer à sombra de Espanha. Veja-se a última gala: em Portugal, as contas resumiram-se às cinco novas estrelas – Encanto (José Avillez e João Diogo Formiga), Kabuki (Paulo Alves), Kanazawa (Paulo Morais), Euskalduna Studio (Vasco Coelho Santos) e Le Monument (Julien Montbabut) – e uma estrela verde para o Mesa de Lemos, restaurante de Diogo Rocha em Viseu, muito aquém de Espanha, que viu dois restaurantes conquistarem a terceira estrela, outros três vencerem a segunda e 29 a alcançarem a primeira, além de mais 13 estrelas verdes.

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