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Finalmente, concertos queer

Os Fado Bicha fazem a curadoria de uma série de concertos no Finalmente. Falámos com Lila Fadista sobre a escolha dos artistas.

Escrito por
Clara Silva
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Em estúdio a acabar a gravação do disco, que resultou de uma campanha de crowdfunding e culminou com um concerto no Finalmente, a banda de Lila Fadista e João Caçador, os Fado Bicha, foi desafiada pelo clube lisboeta a fazer a curadoria de uma série de concertos. Vai acontecer pelo menos até 10 de Dezembro, às quintas-feiras à tarde. Todas as semanas há uma surpresa.

“Temos uma relação relativamente próxima com as pessoas do Finalmente”, diz Lila Fadista, em relação à mítica casa da noite alfacinha, conhecida pelos espectáculos drag. “Eles reabriram há uns meses como restaurante e estão abertos do meio-dia às dez e meia. Como durante o dia não têm muita actividade, tiveram a ideia de ter alguma coisa a acontecer durante a tarde e contactaram-nos.”

Por enquanto, os Fado Bicha, responsáveis por um novo estilo, o fado queer, não estão a dar concertos. “A nossa grande ocupação nos próximos meses vai ser conseguir terminar o álbum – e acabámos de compor uma canção para tentar concorrer ao Festival da Canção”, conta Lila.

Aceitaram, ainda assim, fazer a curadoria desta série de concertos, cuja estreia aconteceu a 5 de Novembro com a artista multidisciplinar trans Aurora Pinho, que antecipou ao vivo o álbum que só vai ser lançado em 2021, Flesh Against Flesh. Na semana passada foi a vez do angolano Judas, num esgotado concerto/performance com inspiração em Michael Jackson, Destiny's Child, Shakira e Kylie Minogue. Esta semana, a convidada é Rezmorah, “artista não-binária trans luso-brasileira”, apresenta Lila, que passa por vários registos, da performance, à dança e à música electrónica.

“Já temos concertos programados até Dezembro, mas como é tudo super-incerto vamos divulgando os nomes semana a semana, à sexta-feira de manhã [na página de Facebook do Finalmente e dos Fado Bicha].”

Ao escolher os artistas, tiveram a preocupação de que “todos se inserissem numa prática artística queer”, continua Lila Fadista. “Tentámos que fosse um grupo diverso, com várias pessoas trans, duas pessoas negras, três pessoas imigrantes… Queríamos que fosse um grupo diverso de características identitárias.” Além de ser uma oportunidade para o Finalmente continuar de portas abertas com programação, é também uma oportunidade para estes artistas “apresentarem o seu trabalho e ganharem algum dinheiro”, diz Lila.

Os concertos, às quintas-feiras, às 18.30, e com a duração de meia hora, custam 5€ e os bilhetes podem ser comprados via MBWay. À porta, no próprio dia, custam 6€.

Rua da Palmeira, 38 (Príncipe Real, Lisboa). Quintas-feiras, 18.30. 5€. Reservas através de 96 269 0250

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