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Frescas e boas: eis as sardinhas vencedoras das Festas de Lisboa

Foram 2656 as propostas para a edição do famoso Concurso das Sardinhas deste ano. Entre 42 países, saíram vencedores Portugal, Brasil, Bielorússia e França.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Puxaram a brasa à sua sardinha e venceram. Da pandemia aos pecados do homem, passando pela crise de refugiados e os pombos que estão por todo o lado, tudo serviu de inspiração para as criações deste ano. No pódio, convivem sete sardinhas portuguesas e três internacionais, que vão receber um prémio no valor de 100€. Quanto às criações, cada uma estará disponível para ser pescada em dez espaços da EGEAC.

“Dez anos de criatividade depois, o desejo para atingir a meta das 50 mil concorrentes não foi apenas concretizado, mas superado, celebrando assim da melhor forma o aniversário redondo desta competição saudável”, lê-se em comunicado da EGEAC, que garante que a originalidade não facilitou a tarefa do júri composto por Filipe Melo (pianista, realizador e autor de banda desenhada), Luís Royal (designer e ceramista), Joana Astolfi (arquitecta e designer), Carolina Deslandes (cantora e compositora) e Jorge Silva (autor do conceito das Sardinhas de Lisboa).

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EGEACConcurso Sardinhas 2021

Sardinhas Ardilosas, de Yulia Herasimenia, da Bielorússia, é uma sardinha que na verdade esconde cinco, tal e qual uma matrioska, neste caso bem portuguesa. Mais global é A Prevenção, de Sandro Camargo, do Brasil, que é feita com uma máscara social contra a Covid-19. Também inspirado pela pandemia, Martin Jarrie, de França, venceu com Minha sardinha, meu amor, sobre um pescador que se apaixona por uma sardinha, numa homenagem ao amor, que andou confinado.

Já entre os vencedores portugueses, encontramos a Sardinha Farpada, de Policas, que simboliza a falta de liberdade que temos tido; a Repreensão de Vícios, de João Bruno Leal Sousa, que faz uma referência ao Sermão de Santo António aos Peixes; A fuga, de Ana Luísa Oliveira, que mostra como os migrantes viajam, como sardinhas enlatadas, sem certezas da chegada; a Sardinha-Pombo, de Cláudia H. Abrantes, que brinca com a ideia do pombo querer ser símbolo da cidade de Lisboa; A mulher quer-se como ela quiser, de Gabriela Araújo, que contesta o dizer popular de que a mulher se quer pequenina como a sardinha; a Molinha, de Roger Hespanhol, que homenageia os estendais do país; e Santo e Vacinado, de Cristiano Vieira, que retrata o Santo António a ser vacinado.

Este ano, a partir de 12 de Junho, as vencedoras vão ser, pela primeira vez, disponibilizadas ao público, no Atelier-Museu Júlio Pomar, no Museu da Marioneta, no Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, no Museu do Fado, no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, no Museu de Lisboa – Santo António, no Museu de Lisboa – Teatro Romano, na Casa Fernando Pessoa, no Museu Bordalo Pinheiro e no LU.CA – Teatro Luís de Camões. O desafio é simples: visitar cada um destes locais e “pescar” as sardinhas, uma a uma, para reunir toda a colecção.

Além das sardinhas, há ainda um outro bom motivo para passar por alguns destes espaços. Poderá não haver festas de Santos Populares, mas os residentes em Lisboa estão convidados a visitar gratuitamente, entre 10 e 13 de Junho, os museus, galerias e monumentos geridos pela EGEAC.

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