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Georgia à mesa: há uma nova bandeira no mapa gastronómico da cidade

Escrito por
Inês Garcia
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Mais uma bandeirinha no mapa gastronómico lisboeta. O primeiro restaurante georgiano da cidade chama-se #Treestory e abriu perto do Campo Mártires da Pátria. 

À primeira vista, parece um snack-bar cuidado, com uma montra cheia de bolos caseiros, grandes e apetecíveis, do red velvet ao de chocolate. É preciso entrar para perceber que é mais do que isso – nas traseiras está um agradável e amplo terraço, que merece atenção só por si, mas o #Treestory, na Rua Luciano Cordeiro, é um restaurante georgiano que traz a comida mais típica do país. “Não queria um interior georgiano. Isso seria um double trouble: comida nova, interiores completamente diferentes. Lá usam muitas cores, alguns animais empalhados, dourados, prateados. Queríamos algo entre o português e o georgiano, e encontrámos a natureza a meio caminho”, explica Irina Prokudina, advogada russa com raízes georgianas, a viver entre Portugal e a Rússia desde Dezembro.

A esplanada interior do #Treestory
Fotografia: Manuel Manso

 

A cozinha georgiana utiliza muitos ingredientes bem portugueses mas cozinhados de uma maneira totalmente diferente. “A carne, o arroz, batatas, queijo, vinho. Os espinafres são muito importantes, o feijão”, enumera Irina, elogiando a frescura dos vegetais portugueses e a carne tão saborosa que o chef por vezes quer comer simplesmente sem estar cozinhada. “A Geórgia tem muitos pratos típicos, mas depende da região. Aqui pusemos aqueles que são conhecidos em toda a Geórgia, mas que reflectem diferentes regiões”, reforça. Fala, por exemplo, do khachapuri, considerado um dos pratos nacionais do país e o primeiro que oferecem a um convidado – é uma espécie de pão recheado com ovos e vários tipos de queijo caseiro, com uma gema de ovo no topo (em breve haverá com recheio de feijão). Pode ter uma forma redonda (king size 20€, normal 10€) ou a forma de um barco (12€) e para comer deve começar por cortar, com a mão, uma das pontas, misturar a gema com os queijos, tirar um bom bocado e comer. Sem medos de besuntar as mãos. 

Khachapuri
Fotografia: Manuel Manso

Depois disto, prepare-se para o banquete: a cozinha georgiana é pensada para partilhar e as doses são mais do que generosas. Nas sopas vai reconhecer, por exemplo, a sopa de feijão (4€), servida com ou sem fiambre. Há também uma de carne com arroz e especiarias (6€).

Khinkali, os dumplings georgianos
Fotografia: Manuel Manso

É, acima de tudo, uma cozinha muito colorida – prova disso é o sortido de pkhali e beringela (12€), com espinafres, beringela ou cenoura recheados com uma pasta feita com nozes e especiarias. Outra das especialidades tradicionais do país são os khinkali – “dumplings georgianos”, compara Irina – com recheio de porco ou vaca (três unidades/4€). A massa é amassada, recheada e moldada pelo chef numa cozinha envidraçada, com vista privilegiada para a esplanada. 

Nos pratos principais, a carne é a principal proteína – peixe só na região de Batumi, a mais próxima do mar. No #Treestory (com hashtag no nome para ser Instagram-friendly), há espetadas de frango (13€) ou de porco (17€), com acompanhamento à escolha, medalhões de porco grelhados com abóbora (18€) ou uma carne de vaca guisada com tomate (16€). 

Medalhões de porco grelhados com abóbora
Fotografia: Manuel Manso

A ideia de Irina é ter um menu que trabalhe com produtos sazonais e introduzir, de tempos a tempos, pratos de outras regiões mais específicas. Em breve chegam também os menus de degustação Two Tickets to Georgia, com entrada, dois pratos principais, sobremesa, bebida e café. O preço, para dois, andará entre os 40€ e os 50€. 

“Isto não é para ser uma refeição rápida”, avisa Irina. É para ir partilhando, descobrindo novos sabores, sem pressas. Para coisas mais rápidas, há então a tal montra de sobremesas, com mais de dez variedades, maioritariamente europeias mas com a tradicional baklava georgiana.

Rua Luciano Cordeiro, 36 (Marquês de Pombal). Seg-Dom 13.00-23.00.

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