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Gig Club organiza primeiro concerto em Lisboa

Luís Filipe Rodrigues
Editor
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O Gig Club é um clube de sócios e uma nova promotora de concertos, que privilegia a venda de bilhetes a membros e ainda promove outras actividades. O concerto de Jessy Lanza, esta quinta-feira no Lux, é o primeiro em Lisboa.

Os sócios têm ainda direito a um bilhete gratuito para um espectáculo à sua escolha e descontos nos restantes ingressos e merchandising. Mas isto tem um preço. É preciso pagar uma anuidade de 50 euros para usufruir destes privilégios em Lisboa, ou de 80 euros, para ter os mesmos benefícios em todas as cidades da rede. De momento, o serviço está disponível apenas em Lisboa e no Porto, se bem que deve chegar a Madrid, Barcelona, Londres, Berlim e, talvez, Hamburgo ainda este ano.

“Quando comecei a promover eventos reparei que se nós não temos mais variedade de artistas a tocarem em Portugal não é por não termos bons promotores, porque os temos, mas porque é difícil garantir que [os concertos] não dão prejuízo”, assume João Afonso, co-fundador e ideólogo do Gig Club. “Então comecei a interrogar-me sobre o que podia ser feito para chegar a mais pessoas, e achei interessante o modelo das memberships do Southbank Centre ou do Barbican, em Londres.”

Um modelo que também já existia em Portugal. Em Lisboa, havia o cartão Maria & Luiz, que dava descontos nos teatros Maria Matos e São Luiz, e no Porto há “por exemplo o Cartão Amigo da Casa da Música”, reconhece João. “Depois de fazerem aquele esforço inicial para se tornarem sócios, as pessoas vão a mais espectáculos. E acredito que se trabalharmos bem, se a curadoria for bem feita, as pessoas começam a confiar em nós e vão a concertos a que não iriam de outra forma.”

Os bilhetes para os espectáculos do Gig Club não estão à venda nos locais habituais. Têm de ser comprados no site do clube, e só ficam acessíveis para não-membros perto da data da actuação, caso ainda não tenham esgotado. Os sócios terão um cartão de membro, com tecnologia NFC, que dá acesso aos eventos desde que tenha sido adquirido o ingresso. Os demais recebem um bilhete electrónico.

A ideia é organizar em média um concerto por mês em Lisboa, bem como pelo menos uma sessão de pré-escuta e um concerto secreto, com artistas locais e emergentes, em lugares insólitos. Além da cantora e produtora de electrónica Jessy Lanza, que actua quinta-feira no Lux, estão confirmadas actuações do projecto dream-pop ambiental Low Roar, de Ryan Karazija, a 12 de Fevereiro, no Musicbox; do saxofonista americano Kamasi Washington, a 11 de Maio no Lisboa Ao Vivo; e a 22 de Maio, na mesma sala, Toro y Moi, sobrevivente da cena chillwave que acaba de lançar o álbum Outer Peace.

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