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Paula Rego morreu a 8 de Junho de 2022. Para assinalar o primeiro aniversário da morte da pintora portuguesa, a Fundação Calouste Gulbenkian expõe, pela primeira vez, as obras Anjo (1998) e O Banho Turco (1960), adquiridas em 2022 e integradas na colecção do Centro de Arte Moderna (CAM). O acesso é gratuito.
As duas obras vão ficar expostas no edifício da sede, junto à escadaria, entre os dias 8 de Junho e 24 de Julho, uma forma de homenagear a artista, mas também de evocar a longa relação com a fundação, da qual foi bolseira no início da década de 60. Com esta aquisição, a Gulbenkian torna-se na instituição privada com "o maior e mais significativo" conjunto de obras de Paula Rego, com um total de 37 peças, incluindo pintura, desenho e gravura.
"Na altura da aquisição, Paula Rego exprimiu a sua 'grande felicidade' por saber que duas das suas obras mais importantes 'iriam viver na Gulbenkian'", lê-se ainda no comunicado.
Anjo, uma das obras compradas, é uma "imagem forte e irradiante que se identifica com o sentido interventivo do trabalho da artista: entre a espada e a esponja, a protecção e a vingança, o castigo e o perdão", nas palavras da curadora Helena Freitas. Já O Banho Turco, trabalho bastante anterior, é referido como uma "ligação subtil, muito pessoal mas assertiva, a um dos temas que hoje agita o mundo das artes, o feminismo e a representação da mulher". No verso, a obra inclui um nu de Paula Rego da autoria do seu marido, o pintor Victor Willing.
A exposição "Histórias de uma Coleção. Arte Moderna e Contemporânea do CAM" exibe outras duas obras da autora. A decorrer até 18 de Setembro, inclui a pintura Retrato de Grimau (1864), uma das primeiras aquisições feitas para a colecção, logo em 1965, e o tríptico Vanitas, encomenda de 2006 para as celebrações dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian.
Avenida de Berna, 45 (Praça de Espanha). 21 782 3000. Qua-Seg 10.00-18.00, 8 Jun-24 Jul. Entrada livre
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