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Há comida portuguesa à moda do pai Augusto no novo restaurante de Arroios

Escrito por
Catarina Moura
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Sem grandes pretensiosismos, neste novo restaurante de Arroios o foco está na comida tradicional portuguesa e não falta a açorda ou as iscas de fígado.

Manuel Gomes desistiu do mercado imobiliário mesmo na altura em que ele está a mover dinheiro. Mas nada de arrependimentos: há três anos começou um curso de cozinha que o levou a estagiar no Feitoria. Isto até podia ser uma história de alguém que virou a vida ao contrário para se dedicar à paixão pela cozinha, mas não foi bem assim. O curso serviu mais para perceber que não era nada disto que queria. O sonho era uma coisa ligeiramente ao lado: ter um restaurante de cozinha tradicional portuguesa como aqueles em que cresceu.

augusto, arroios
As lulinhas à casa são uma das entradas que servem de petisco na esplanada
Fotografia: Manuel Manso

O pai e os tios mantiveram restaurantes com influências minhotas e foi nesse ambiente que andou desde pequeno. O peso desta história vê-se no nome e no receituário do espaço que abriu numa rua por trás da Morais Soares. Chamou-lhe Augusto, o nome do pai, e encheu a carta de peixes grelhados — há robalos, douradas, linguados, percas e garoupas (entre 7,5€ a 13€) — e uma série de bifes, como o bife três pimentas (11€), o bife da vazia à casa com ervas aromáticas (12€) ou o naco à bracarense (8€). Nos pratos do dia há comida de tacho diferente todos os dias (6€ a 7€), do bacalhau à Brás, aos arrozes de pato ou de garoupa. Enquanto o tempo estiver a pedir, há cozido à portuguesa aos sábados, feijoada e cabrito assado; assim que o calor começar a apertar, saem estes pratos e entram mais petiscos para se aproveitar a esplanada que está quase a ser montada — Manuel promete pica-pau, lulinhas à casa e ovos mexidos com farinheira.

Augusto, arroios
A açorda de gambas servida com coentros e uma gema
Fotografia: Manuel Manso

As duas salas do Augusto já foram um tasco, de um lado, e uma leitaria, do outro. Agora têm o chão forrado com uma tijoleira que imita azulejos gastos, as paredes pouco decoradas — faltam umas molduras e janelas antigas, diz Manuel —, e uma arcada a ligar os dois espaços. O dono da casa quer que sejam um ambiente simples, com muito claridade e sem grande pretensiosismos. É assim também com o resto da carta fixa: não há invenções e há pratos que não se vêem em qualquer lado, como os lombinhos de porco à Bulhão Pato (8,5€) ou lulas à lagareiro (8€). De resto é aquilo que se encontra nos restaurantes tradicionais de bairro — e é esse público que o Augusto quer atingir — da açorda de gambas servida com uma gema de ovo ao meio (9,5€) às iscas à portuguesa servidas com batata cozida (7€).

Rua Sebastião Saraiva Lima, 17-19 (Arroios). Ter-Sáb 12.00-15.00, 19.00-22.30; Dom 12.00-15.00.

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