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cachaça
Fotografia: Gabriell VieiraCopa

Há duas dezenas de cachaças artesanais para provar no Copa

A cachaça e outras bebidas artesanais da América Latina são as protagonistas do Copa. Aos fins-de-semana há brunch tropical.

Escrito por
Clara Silva
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É um sacrilégio pedir uma caipirinha no Copa. “Até podemos fazer, mas tentamos aconselhar outra bebida”, diz Rafael Agapito, o dono deste novo bar lisboeta, em Santos. “O nosso foco é no seu outro potencial e em fazer outras bebidas com cachaça.”

Rafael trabalhou muitos anos em restauração na Irlanda. Em 2019, veio para Lisboa para abrir um negócio, o Onda Cocktail Room, na Rua Damasceno Monteiro, na Graça. Esse bar de cocktails clássicos continua a existir, é de um amigo, mas Rafael sentiu que o confinamento poderia ser uma boa altura para pôr em prática uma ideia antiga e abrir o seu próprio bar de cachaça. Em Fevereiro, encontrou o espaço perfeito, uma antiga loja de roupa na Rua dos Mastros, em Santos, e, com a companheira, Louise Grimoir, pôs mãos à obra e começou a redecorar o espaço.

Em Junho, abriam o Copa, um bar dedicado à cachaça, um universo ainda “por explorar”, e outras bebidas da América Latina, como a tequila ou o pisco. “A cachaça ainda é muito pouco conhecida”, afirma. “As pessoas já ouviram falar, já tomaram uma caipirinha, mas a cachaça feita da maneira certa, artesanalmente, vende-se muito pouco na Europa.”

Rafael tem a sua própria marca de cachaça artesanal, a Fubá, feita em Minas Gerais. No bar, além desta marca, há cerca de duas dezenas de rótulos de cachaça, bem diferentes das que encontramos à venda habitualmente em Portugal. “Temos cachaças artesanais, não temos essas marcas industriais que se vendem no supermercado. Todas as nossas marcas são de empresas independentes, familiares, do Sul ao Norte do Brasil.”

Copa - bar em Santos
Gabriell Vieira

Há a possibilidade de fazer uma degustação de quatro cachaças (entre 10€ e 12€), com explicações sobre os vários tipos e a sua origem, mas há também outras degustações que incluem runs especiais, tequila, mezcal e pisco (entre 11€ e 20€). O bar tem bebidas que não se encontram facilmente, como o gin peruano Amazonian, com botânicos da Amazónia (7,5€), ou o Ceylon Arrack (8€), uma bebida tradicional do Sri Lanka, destilada da seiva da flor de coco, que só pode ser apanhada à mão.

Na carta há ainda dez cocktails de autor (mais quatro bebidas sem álcool), que respeitam a filosofia do zero desperdício. Por exemplo, o Watermelon (10€) resulta de uma infusão de mezcal com as fatias de melancia também usadas para a salada de melancia da carta.

O cocktail da casa é o BrightnBreezy (10€), feito com cachaça Fubá, uma infusão de gengibre, caldo de cana e água com gás. “Tem sido muito popular e queríamos isso. Todos os cocktails são bem diferentes em termos de sabores, está bem equilibrado, e estamos sempre a criar novos.”

Ao fim-de-semana há brunch tropical, diferente de todos da cidade. “Queremos dar valor aos ingredientes, mais do que fazer coisas que estão na moda”, sublinha Rafael. “Fazemos mexilhões, servidos com mandioca frita, um prato de tomate com molho de iogurte e granola com canela e aveia ou, por exemplo, pamonha, um prato típico brasileiro, mas com cogumelos salteados e ovo escalfado.”

Na primeira segunda-feira de cada mês, a noite é dedicada aos trabalhadores da área de restauração e hotelaria, com descontos de 20% e um cocktail de oferta. O encontro serve também para reunir uma “base de dados” e ajudar quem procura emprego.

Rua dos Mastros, 4, Santos (Lisboa). Encerra à terça-feira.

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