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Há um contentor aberto no Martim Moniz para descobrir o que aí vem

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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O novo concessionário do Martim Moniz aproveita a paragem das obras para receber visitas.

Ripas de madeira, plantas a pender no exterior, arte urbana da Underdogs a decorar a traseira. Já há um contentor escondido pelos tapumes que rodeiam a praça do Martim Moniz, mas este não veio para ficar. A obra está parada e o projecto a aguardar votação e discussão pública, mas a Moonbrigade aproveita o hiato para fazer mais uma aproximação à comunidade local que mais tarde será também convidada a fazer aqui negócio.

Para já querem mostrar o que defendem para a praça: durante as próximas semanas há uma porta aberta no estaleiro, do lado virado para a Colina do Castelo. O objectivo passa por mostrar um contentor que representa o conceito do que querem para a praça, um projecto desenhado pelo gabinete de arquitectura Broadway Malyan. “Seria importante para nós a desmistificação do contentor”, diz José Filipe Rebelo Pinto, fundador do Mercado de Fusão, agora sócio e morador da Mouraria. “O contentor é um material reutilizável com uma componente de sustentabilidade”, defende o homem também conhecido pela criação do Out Jazz.

contentor Martim Moniz

©DR

Copos reutilizáveis, pratos e talheres biodegradáveis e plástico zero nas lojas do futuro mercado são outros pontos sustentáveis do projecto. O contentor que estará em permanência na praça durante umas semanas tem 15m2 (6mx2,5m), mas nem todos terão esta dimensão. A área da concessão (de 3259m2) terá entre 30 a 50 unidades comerciais e algumas podem ter dimensões mais reduzidas, como 6m2. Cantinho do Aziz, Cozinha Popular da Mouraria, Facto, Queen of Arts e uma loja de especiarias indiana que está na estação de metro do Martim Moniz são os parceiros já com espaço reservado e o objectivo também passa pela integração com as comunidades locais, estando prevista uma plataforma de candidaturas para casar o negócio com projectos do bairro.

Uma obra do brasileiro Kobra, ligada à multiculturalidade, vai passar por aqui, Bordalo II terá uma obra em permanência e outra novidade é o parque infantil que será criado pela Moonbrigade: um mapa mundo desenhado no chão com jogos interactivos. Ou como diria Rebelo Pinto: “um pequeno exemplo do que queremos para o mundo”. O que também querem para a praça é a manutenção e promoção das actividades de críquete e de tai chi que aqui tinham o seu lugar. “Temos mostrado abertura para explicar e fazer alterações no sentido das críticas”, diz referindo-se à eliminação da vedação que inicialmente estava incluída no projecto.

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