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Há uma nova colmeia na cidade

Escrito por
Clara Silva
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As novas festas Bee pousaram em Lisboa no fim de Janeiro e querem formar uma colmeia queer com música, performance e activismo.

BEE pode ser um termo usado para gay ou “bicha” no Brasil. Foi nisso que se inspirou o carioca Diego Cândido, mais conhecido por DJ DiDi, quando decidiu criar a primeira festa Bee nas Damas, na Graça, no fim de Janeiro.

A ideia era aquecer a noite de Lisboa com house, funk carioca, afrobeat e “batekoolecência”, uma referência à festa Batekoo, criada em Salvador em 2014. O ano passado, Diego decidiu importá-la do Brasil e trazer também para a Graça a cantora funk e MC Deize Tigrona, que em tempos colaborou com os Buraka Som Sistema mas que acabou por ganhar a vida como “gari” (varredora de ruas).

No fim de Janeiro, a colmeia começava a ganhar forma com a primeira festa Bee, com convidados como o colectivo Pixa Bixa, a artista “afro- -travesti” Áquilla Correia e a ideia de tornar a noite da cidade mais queer. No Carnaval, repetiram a proeza com um "Bloco de Karnaval Viemos do Egyto".

BEE
BEE
©Ricardo Borges

A ideia era voltar a reunir as abelhas no próximo sábado numa edição Black Girl Magic, também nas Damas, dedicada às mulheres, entretanto cancelada. “Com referência às grandes mulheres como Angela Davis, Maya Angelou, Chimamanda Ngozi Adichie, nos apropriamos do grito de guerra ‘Black Girl Magic’, na esperança de combater a negatividade e opressão às mulheres negras”, explicavam no evento. É que este sábado assinala-se o Dia Nacional para a Eliminação da Discriminação Racial. “Sabemos que a violência discriminatória continua a ser uma realidade em Portugal, manifestando-se nas instituições, serviços públicos e nos mais variados contextos da sociedade”, escreveram num comunicado da festa.

Assim que houver condições, as abelhas voltam a reunir-se. Até lá, é acompanhar a página de Facebook da Bee.

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