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Heden abre quinto espaço de cowork na Estação do Rossio

Serão mais de dois mil metros quadrados até ao Verão, com capacidade para 300 pessoas, tudo por trás de uma fachada manuelina. Fomos conhecer o novo Heden.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
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A pandemia fez-nos repensar o espaço onde trabalhamos. Do escritório fixo para a secretária improvisada em casa, acabaríamos por adoptar ainda uma modalidade saltitante e intermitente entre os dois cenários. O terceiro espaço, como lhe chama Manuel Bastos, CEO um dos fundadores do Heden, oferece comodidades a empresas e trabalhadores independentes e combina ambiente profissional com oportunidades de lazer e sociabilidade e ainda programação cultural. A rede lisboeta de espaços de cowork acaba de aumentar com a abertura do Heden Rossio — mais de mil metros quadrados projectados no espaço anteriormente ocupado pela Uniplaces, dentro da Estação da Estação do Rossio.

Este é o quinto espaço da empresa — depois da primeira abertura na Graça, em 2018 (agora dedicado a um colectivo de artistas), 2019 viu nascer mais três unidades: Intendente, Chiado e Santa Apolónia. Até ao Verão, a intervenção no edifício do Rossio, mundialmente conhecido pela traça manuelina, deverá ficar concluída, altura em que o espaço de cowork terá um total de 2100 metros quadrados e capacidade para 300 pessoas. Nos diferentes espaços, a empresa portuguesa pode acomodar até 500 pessoas em mais de 4000 metros quadrados.

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Embora o Heden se tenha especializado em criar condições para albergar empresas com equipas de pequena dimensão, que representam 80% da ocupação do novo espaço, mantém o espaço preparado para receber freelancers com a modalidade hot desk. São mais de 30 postos, cujo período de ocupação pode ir de meio dia a um mês inteiro.

O projecto de arquitectura de interiores de László Varga, o outro sócio fundador, privilegia o trabalho de equipas com estruturas modulares que podem ser adaptadas ao número de pessoas, recantos para pequenas reuniões e chamadas, uma copa partilhada e um pequeno auditório. Com vista para o Teatro Nacional, a futura ala do Heden Rossio terá salas de reuniões e espaços para eventos disponíveis para empresas externas. Para já, as residentes são a prova de que Lisboa está mais internacional do que nunca — chegam do Brasil, da Suécia, da Finlândia, de Inglaterra e da Irlanda.

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"Começámos sobretudo com freelancers na Graça, mas pouco tempo depois tivemos uma procura louca por parte de empresas, o que nos fez crescer imenso no ano seguinte", contextualiza Manuel Bastos. A tendência, de expansão e crescimento, manteve-se. Em 2021, a facturação da Heden foi de cerca de 800 mil euros (o valor investido no novo cowork) e para 2022 já está prevista a chegada à marca de um milhão, isto depois de uma ronda de investimento de 1,3 milhões de euros por parte da Lince Capital.

A sustentabilidade faz parte da fórmula, seja na escolha de materiais (bambu, cortiça, burel) e na opção por energias renováveis, seja pela lógica da cidade de 15 minutos. Esta última passa necessariamente por expandir a rede de espaços de cowork, reduzindo automaticamente as deslocações pendulares e a utilização de carro. Em Lisboa, a Heden tem como prioridades a zona das Avenidas Novas e também a Linha de Cascais. Chegar ao Porto faz parte dos planos, mas a estratégia passa também por estar presente em pequenas cidades do país.

Largo do Duque de Cadaval, 17, fracção I. 93 330 3304. Seg-Sex 09.00-19.00. Preços: a partir de 25€ (passe diário).

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