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Heden, um paraíso para trabalhar a ver navios

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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Depois de Manuel Bastos e László Varga se terem iniciado há dois anos no mundo dos coworks, eis que se planta o quarto Heden, junto ao Terminal de Cruzeiros, construído para ser auto-suficiente. Não há nenhum outro do género no país.

Em 2017, abriram na Graça o primeiro cowork. Seguiu-se o Chiado, Intendente, e agora uma nova casa no Terminal de Cruzeiros de Lisboa. Em Dezembro, abre o Heden Santa Apolónia, o novo espaço de Manuel Bastos e László Varga tem agora vista-rio (ou cruzeiro, dependendo da afluência de navios) e a mesma pretensão a ser um pólo criativo, preocupado com a sustentabilidade e a querer relacionar-se com a vizinhança.

Jule Kurbjeweit, responsável de eventos, László Varga e Manuel Bastos, fundadores do Heden
Fotografia: Inês Félix

O espaço de mil metros quadrados quer ser o primeiro cowork auto-suficiente do país. Para cumprir essa meta, serão instalados no telhado 100 painéis fotovoltaicos, que permitirão armazenar um máximo de cerca de 30kW de energia. E porque a preocupação em diminuir o consumo energético é política da casa, foram pensadas duas fachadas bioclimáticas. O nome pode parecer complexo, mas não é mais do que uma estrutura formada por plantas, neste caso heras, que no Verão climatizam o espaço e permitem reduzir o consumo do ar-condicionado. O cowork instalado numa das duas estruturas complementares ao edifício principal do terminal de Santa Apolónia, projectado por Carrilho da Graça, está inserido no primeiro piso. No rés-do-chão, a chef Marlene Vieira (Panorâmico, Time Out Market) abrirá dois restaurantes, um de fine dining e outro mais informal. Este Heden tem capacidade para 111 mesas, sendo que metade da lotação está reservada para a Ironhack, uma escola internacional de programação.

Uma das zonas comuns com vista frente-rio
Heden

Junto ao open space com 32 lugares, pensado para pequenas empresas e trabalhadores solitários, há uma sala para a prática de yoga, meditação ou simplesmente para dormir. O espaço está ainda dotado de três salas de reunião, um auditório para 120 pessoas e um pequeno terraço. Acima de tudo, Manuel Bastos quer que este cowork seja uma segunda casa para quem lá trabalha. “Não se trata apenas de um espaço em que se vem trabalhar e acaba aí”, diz-nos. “Queremos criar espaços que se relacionam com o bairro e com o que existe à sua volta”.

O auditório que poderá receber até 120 pessoas e a cozinha
Heden

Arte, música, cinema farão parte da programação cultural, assim como conversas e palestras. Para breve, está fechado o World GIS Day, uma iniciativa sobre mapeamento e geolocalização do território, com implicações práticas no combate às alterações climáticas. O espaço pode, aliás, ser alugado para concertos, espectáculos ou eventos de empresas. Manuel Bastos e László Varga não querem que o Heden seja apenas um sítio em que se trabalha, há que “oferecer um ambiente de hospitalidade e de inspiração” e aproximar “estrangeiros e nativos para que possam colaborar”. Parte dos planos poderá passar por se expandirem para o Porto.

Heden
A zona de open space
Heden

Doca Jardim do Tabaco, Terminal de Cruzeiros de Lisboa - Edifício NE 1.º Piso (Santa Apolónia).

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