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Amsterdam canal houses
Photograph: Shutterstock

Holanda está a reabrir, mas agora Amesterdão só quer turistas "responsáveis"

Bordéis e cafés podem ser expulsos do centro da cidade, agora que Amesterdão volta a receber turistas

Huw Oliver
Escrito por
Huw Oliver
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Se está ansioso por um stroopwafel, uma tarte de maçã ou simplesmente uma dose da pintura atrevida da Era de Ouro holandesa, trazemos boas notícias: a Holanda vai voltar a receber turistas de dentro da UE. Quando visitar o país, bares, restaurantes, museus, cinemas e até espaços de música ao vivo já estarão abertos.

Num comunicado divulgado a 3 de Junho, o governo holandês anunciou que voltaria a receber visitantes de 30 países da UE e da área de livre circulação de Schengen, a partir de 15 de Junho. Todos os visitantes devem apresentar uma reserva válida à chegada, e poderão ver a entrada no país impedida se não tiverem alojamento reservado. Deverão ainda manter-se a 1,5 metros de distância de todos aqueles com os quais não estão hospedados, e usar máscaras nos transportes públicos.

Muitos hotéis, parques de campismo e parques de férias já estão abertos, enquanto bares, restaurantes, galerias e cinemas podem reabrir desde que não permitam a entrada a mais de 30 pessoas. A partir de 1 de Julho, o número pode aumentar para 100 pessoas. Os espaços de música ao vivo já podem receber até 100 pessoas.

Não é surpresa, no entanto, que a reabertura do país reacendeu o debate sobre se Amesterdão deveria fazer algo para limitar os milhões de turistas à procura de festa, que visitam a cidade todos os anos. Só em 2019, foram mais de 19 milhões de pessoas a visitar a capital holandesa.

Os bordéis de De Wallen, o Red Light District e as cafeterias que vendem canábis, permanecem praticamente vazios há três meses e, com a actual crise mundial, as autoridades locais estão a procurar maneiras de encontrar um melhor equilíbrio entre residentes e turistas no centro da cidade.

"Mostrou-nos de forma dolorosa como são poucas as pessoas que realmente vivem no centro e quão pouco esta zona da cidade tem a oferecer aos moradores locais", disse à Bloomberg Mascha ten Bruggencate, que preside ao conselho do distrito central de Amesterdão. “Precisamos de mudar isso.”

No mês passado, Femke Halsema, presidente da câmara da cidade, estabeleceu um plano para reduzir o apelo de Amesterdão para despedidas de solteiro e recuperar o centro para os habitantes locais. As medidas sugeridas incluem a compra de propriedades e a limitação de licenças para garantir que a cidade oferece mais do que apenas cafeterias, empórios de souvenirs e stands de waffles sobrevalorizados.

O governo também planeia forçar bordéis para fora da histórica cidade velha e limitar as cafeterias destinadas directamente aos turistas. Sem dúvida, haverá uma reacção por parte dos dirigentes destes estabelecimentos, mas, dado que o país sofre de um excesso de turismo há muitos anos, o número de habitantes locais que beneficiariam de tais restrições já é considerável.

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