A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar

Indiegente: Nuno Calado dá vida ao seu programa de rádio no Lisboa ao Vivo

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
Publicidade

A primeira emissão do programa de rádio Indiegente, feito por Nuno Calado na Antena 3, foi para o ar há aproximadamente 21 anos. Para assinalar a data – “sendo que a ideia, ao início, até era celebrar os 20 anos, mas a coisa atrasou-se e foi aos 21” – e a pedido de músicos e amigos, o radialista decidiu organizar um concerto que, pelos nomes envolvidos, mais parece um festival.

Ao todo, vão passar 16 artistas pelo palco do Lisboa Ao Vivo no sábado. Há quem ande nisto há muito tempo, como o cantor Adolfo Luxúria Canibal, dos Mão Morta, o guitarrista Tó Trips, dos Dead Combo e mais uma série de projectos ao longo dos anos, os Crise Total, grupo histórico do punk português, ou mesmo o projecto de rock psicadélico Saturnia, activo desde a década de 90.

Mas também, e sobretudo, nomes revelados já neste século, nomes revelados já neste século. Como o rocker barreirense Fast Eddie Nelson, o guitarrista Frankie Chavez, o cantor e compositor luso-iraniano Mazgani, o baterista dos Stone Dead e cantautor Mr. Gallini, de Scúru Fitchádu com o seu funaná-punk, os cantores folk Sam Alone e Sean Riley, o duo Señoritas, a cantora indie Surma, O Gajo mais a sua viola campaniça, a banda rock The Poppers e os We Bless This Mess.

Nuno Calado sabe que “o pessoal vê tanto nome e assusta-se. Pensa que isto com tanta gente vai durar até ao Natal.” Mas não. “A ideia é ter três horas, três horas e tal” de espectáculo. Há artistas que vão tocar apenas dois ou três temas, outros tocam cinco, e há alguns que vão estar juntos em palco, casos de Fast Eddie Nelson e Adolfo Luxúria Canibal – que estão a criar duas músicas novas para este dia – ou Scúru Fitchádu, que vai ser acompanhado ao vivo por alguns membros de Crise Total e pelo Mr. Gallini. “Há muita gente a fazer uma perninha aqui e ali.”

Chegar a estes nomes e combinações de artistas foi fácil para o organizador, que nunca tinha tentado nada assim sozinho, apesar de já ter feito algumas curadorias musicais em festivais. “Foi feito com liberdade para cada um dizer o que se sentia confortável a fazer. Tem a ver com a disponibilidade mental de cada um”, resume. “Disse para fazerem o que tiverem na alma. E se no fim se quiserem juntar todos e tocar, por mim, tudo bem.”

O mais difícil foi mesmo escolher quem ficava de fora. “Para fazer uma celebração da vida do Indiegente quis juntar pessoas que passaram pelo programa ao longo dos anos. É claro que houve malta que convidei mas não pôde tocar por uma série de razões. E houve outros que não convidei e ficaram chateados comigo”, conta. “Mas não podia convidar toda a gente com quem sinto empatia. Se não é que isto durava mesmo até ao Natal.”

Os melhores concertos em Lisboa esta semana 

Últimas notícias

    Publicidade