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IPMA alerta para descida significativa da temperatura e agitação marítima

Prepare-se para se defender do tempo frio e da precipitação persistente. Lisboa também está sob aviso vermelho devido à agitação marítima.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
chuva em lisboa
Fotografia: Arlindo Camacho
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A ANEPC – Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil está a pedir à população para adoptar medidas preventivas contra a chuva, o vento, o frio e a agitação marítima previstas para os próximos dias. Além da descida significativa da temperatura, de precipitação persistente e da intensificação do vento, que vão provocar “desconforto térmico elevado”, os distritos de Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão passar de aviso laranja para vermelho, o mais grave numa escala de três, a partir das 21.00 de terça-feira, 17 de Janeiro.

Em relação ao estado do mar, o quadro – de agravamento considerável das condições meteorológicas e da agitação marítima na costa ocidental de Portugal Continental – prevê ondas do quadrante Noroeste, que podem atingir uma altura máxima de 15 metros. Além das habituais recomendações à comunidade piscatória e da náutica de recreio, que deverá regressar ao ponto de abrigo mais próximo e adoptar todas as medidas de precaução possíveis, a Autoridade Marítima Nacional e a Marinha chama a atenção para a população em geral, a quem desaconselha “a prática de passeios junto à orla costeira e nas praias, bem como a prática de actividades em zonas expostas à agitação marítima ou atingidas pela rebentação”, nomeadamente falésias e zonas de arriba.

Segundo o IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, é ainda expectável risco de incêndio em habitações e de intoxicação por inalação de gases, devido à “má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos eléctricos” e à “inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras”, respectivamente; bem como aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, também em virtude do piso escorregadio, com eventual formação de lençóis de água e gelo; e da possibilidade de queda de ramos ou árvores.

A nível de protecção individual, deverá evitar-se exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura, mantendo o corpo quente através, por exemplo, do uso de várias camadas de roupa, de preferência folgada, bem como de calçado antiderrapante, para evitar quedas. Já colectivamente, destaca-se a necessidade de reforçar o apoio e a atenção aos grupos mais vulneráveis, como crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condições de maior isolamento, trabalhadores com funções no exterior e sem abrigos. Pede-se ainda o redobro dos cuidados durante a condução de veículos, com a adopção de uma condução defensiva, que deverá incluir a consulta da informação meteorológica e rodoviária “sempre que as deslocações sejam mais prolongadas ou para locais fora das rotas de circulação usuais”.

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