[title]
Poucos portugueses têm o hábito de ir beber um café, almoçar, lanchar ou beber um copo a um museu. Mas deviam. Porque há cafetarias de museus que valem a visita, com ou sem passagem pelas salas expositivas. Um bom exemplo é o novo restaurante da Albuquerque Foundation, museu dedicado à cerâmica que em Fevereiro nasceu no Linhó, Sintra. Chama-se Albú – Bakery & Delibar e fica na casa onde a família brasileira Albuquerque costumava passar férias – a mesma onde hoje moram a loja do museu, a biblioteca e os quartos para residências artísticas. Esta zona, pensada e decorada pelo atelier Bernardes Aquitetura (o mesmo que projectou os edifícios contemporâneos do museu), é de acesso livre, tal como o enorme jardim que os visitantes são convidados a usufruir sem ter de passar pela bilheteira.

A carta do Albú tem tudo o que um restaurante aberto no mesmo horário de um museu deve ter: opções para todas as horas do dia. No capítulo da pastelaria, padaria e cafetaria, brilham nas montras instaladas na antiga cozinha coisas como croissants (simples ou de pistáchio), pains au chocolat, kanelbulles (rolinhos de canela ou cardamomo) ou scones – com preços que vão de 2€ a 3,75€.

Os pães, para consumir ali mesmo ou levar para casa, incluem bolinhas de trigo ou sementes, brioches bun e baguetes – tudo com a marca do Isco - Pão e Vinho, em Alvalade, que pertence ao mesmo grupo (Paradigma, que tem ainda restaurantes como o Canalha ou o Ofício).
Há ainda bebidas quentes (com café de especialidade), iogurte com fruta fresca e granola (5€-7€) e panquecas: as Albú chegam à mesa gordas e bem recheadas de doce de leite, compota, banana e frutos vermelhos (7€); as Matcha, verdes, acompanham com iogurte de laranja e frutos vermelhos (8€).
Para refeições leves, pode sempre contar com uma sopa do dia (3,50€), além de ovos, foccacias, saladas, bowls e flatbreads. Há a clássica salada caesar (12,50€), com frango, presunto, parmesão, alface, molho caeser e croutons; uma bowl de quinoa com rabanetes, tomate, pepino, pickles de cebola roxa e milho frito (12,50€); e foccacias de salmão fumado (10,50€), frango (9€) ou vegetarianas (9€), com mozzarela, tomate, rúcula e pesto de abóbora. Mais surpreendente é o croque madame (13€), que chega à mesa não no pão de forma como manda a receita francesa original, mas sobre um género de mini-pizza (o tal flatbread) e bem composto com molho mornay, queijo, fiambre e ovo estrelado.

As bebidas, para acompanhar as refeições ou aproveitar o final do dia no museu – a esplanada sobre o jardim, com vista para o edifício das exposições contemporâneas também já está aberta – incluem kombuchas de diferentes sabores da Bouche (4,50€); refrigerantes originais da Wostock (4€); sumo de laranja ou limonada de matcha naturais (4,50€) e água de coco da Fountain of Youth (6€).
As cervejas são da portuguesa Sovina e a carta de vinhos, com muito mais rótulos do que os restaurantes de museus costumam oferecer, têm opções de bolhas, tintos, brancos e rosés – alguns a copo (5€-6€).

O Albú está aberto de terça a domingo, entre as 10.00 e as 18.00. Se antes ou depois de se sentar à mesa, quiser aproveitar para conhecer o museu, pode visitar a colecção permanente "Conexões", com peças de porcelana que vão do século XX aC ao século XVIII dC; ou a exposição temporária de cerâmica contemporânea “A mão sempre presente”, do norte-americano Theaster Gates. A última está patente até ao final de Agosto.
Albuquerque Foundation, Rua António dos Reis 189, Linhó (Sintra). Ter-Domingo 10.00-18.00
🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade?
🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp