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Janelle Monáe é a nova protagonista de “Homecoming” (e não sabe como foi lá parar)

Hugo Torres
Escrito por
Hugo Torres
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Homecoming regressa sexta-feira, sem Julia Roberts, para uma segunda temporada. Andamos a dar voltas à cabeça para tentar perceber quem é a personagem de Janelle Monáe.

Alex acorda à deriva, num barco, sem saber como foi ali parar nem quem é. Não tem memória de nada. Quando a busca pela sua identidade começa a dar frutos, vê-se diante do enigmático Geist Group, a empresa por detrás da Homecoming – a clínica de reabilitação de militares com stress pós-traumático que, descobrimos na primeira temporada, oferece um serviço bem maior do que a encomenda. É que, embora cumprida a promessa de uma transição suave para a vida civil, os pacientes deixam esta casa de saúde apaziguados mas também desmemoriados. O financiamento para o que é apresentado como um programa pioneiro vem do Estado norte-americano e a prática é, como se suspeitaria, altamente lucrativa. O que não é tão claro é como é que tudo se processa; e Alex vai empenhar-se em perceber o que move o Geist Group e como é que ela se tornou numa das suas vítimas.

Janelle Monáe, que interpreta Alex, tem em mãos uma tarefa similar à dos algozes da sua personagem: fazer os fãs de Homecoming esquecerem Julia Roberts. A estrela de Erin Brockovich liderou o elenco na primeira temporada, em 2018, e a sua estreia em televisão dificilmente poderia ter sido mais bem recebida pelo público e pela crítica (talvez se a série tivesse vencido um dos três Globos de Ouro para que esteve nomeada, incluindo para melhor drama). Roberts deu corpo a uma terapeuta da clínica, Heidi Bergman, que acompanhámos em duas linhas temporais separadas por quatro anos – no presente, a tratar diligentemente de Walter Cruz (Stephan James), um veterano de guerra, e no futuro, em que não se recorda de o ter feito, é empregada de mesa e vive com a mãe. Nesta nova ronda de episódios, Heidi fica de fora mas Cruz regressa, ainda como um amnésico em recuperação. Quem também está de volta é Audrey Temple (Hong Chau), que subiu na cadeia de comando e passou a ser figura central no organigrama da corporação.

Mais focada na empresa-mãe do que na clínica, a segunda temporada de Homecoming promete um novo mistério digno do thriller psicológico que a tornou uma das mais sucedidas produções da Amazon Prime. No entanto, como se os desafios de adensar a trama e de substituir a protagonista não fossem suficientes, a série terá ainda de provar que é possível manter o nível da estreia sem a omnipresença do showrunner Sam Esmail (Mr. Robot). Apesar de se manter na produção e como co-criador, juntamente com Micah Bloomberg e Eli Horowitz (os autores do podcast ficcional que deu origem à série), Esmail passa de dirigir dez em dez episódios na primeira temporada (uma exigência de Roberts) para zero. E o seu estilo hitchcockiano de realização era um dos elogios frequentes a Homecoming. Por outro lado, o elenco principal passa a contar com Chris Cooper (que venceu um Óscar por Inadaptado) como Leonard Geist, o fundador do Geist Group, e Joan Cusack (dona de um Emmy por No Limite) como Francine Bunda, uma militar de alta patente. O que estarão eles a esconder?

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