A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Fundação Calouste Gulbenkian, Jardim da Gulbenkian
©Ricardo LopesJardim da Gulbenkian

Jardim de Verão traz ondas de música, performance e cinema ao ar livre

Após um ano de pausa forçada, o Jardim de Verão está de regresso à Gulbenkian, com três fins-de-semana recheados de programas para quem vai sozinho ou em família.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
Publicidade

O Jardim de Verão está de volta à Gulbenkian com uma programação transdisciplinar e ecléctica, que se realiza ao longo de três fins-de-semana, entre 24 de Junho e 10 de Julho. Além da popular mostra de cinema ao ar livre, destacam-se as declamações ao vivo de Alice Neto Sousa e os mais de 30 concertos e DJ sets previstos, num ciclo com a curadoria de Lisboa Criola.

“Desta vez, a entrada será pela porta da frente e, como canto na canção ‘Mundu Nôbu’, ‘En ben di longi, ma en ka strangeru nao!’ (‘Eu vim de longe, mas não sou estrangeiro!’)”, escreve Dino D’ Santiago numa nota curatorial, a propósito do ciclo de música, que promete sons e ritmos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, República Centro-Africana e Gâmbia. “Sonoridades que viajam do tradicional ao vanguardismo e transformam Lisboa numa das capitais mais crioulas da Europa.”

Entre os artistas convidados a subir ao palco, encontram-se nomes como Kady (afro pop), Soluna (reggaeton/tarraxo), Nídia (afro tek), Berlok (afro trap), Buruntuma (afro house), Sílvia Barros (r&b), Mbye Ebrima (tradicional), Toty Sa’Med (afro/alternative), NBC (hip hop) e Batukadeiras X (batuque), entre muitos outros.

Quanto ao ciclo de cinema, a ideia é promover uma reflexão sobre a herança, o alcance e o significado das independências africanas. “Numa época de recuos e muros de todo o tipo, das barreiras físicas e mentais que erguemos, na Europa e noutros lugares, estas obras questionam e deslocam certezas e vêm relembrar que a independência – que doravante permite a dupla pertença – é também uma forma de olhar o mundo, de o habitar e de o encarnar de modo diverso”, esclarece o curador Olivier Hadouchi, também numa nota publicada online.

O programa “Cinemas e Independência”, que se realiza em seis sessões, contempla a exibição de Article 15 bis (2000), Dansons (2003), La Parade de Taos (2010), Matongé (2015), Barbés (2019), Bab Sebta (2019), Karingana – Os mortos não contam estórias (2020) e Face au silence (2002–2014).

Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). 24-26 Jun, 1-3 Jul, 8-10 Jul, a partir das 17.00. Entrada livre

+ A Lisboa negra de Dino D'Santiago

+ Edições especiais da Time Out Lisboa e Porto já estão nas bancas

Últimas notícias

    Publicidade