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Kalimodjo: uma festa de anos em três actos

Escrito por
Clara Silva
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Há 17 anos que a Kalimodjo agita as noites da cidade com drum and bass e o bolo vai soprar-se três vezes. Falámos com os fundadores da promotora, que começou numa garagem de faculdade.

O Drum and Bass não morreu e a prova disso é a Kalimodjo. Desde os tempos da Faculdade de Arquitectura, há 17 anos, onde estudavam Design de Equipamento, que Tiago Morgado, Gustavo Couto e Rui Gomes organizam festas na cidade.

A primeira foi na garagem da faculdade, numa altura em que “o drum and bass era claramente mais forte no Porto do que em Lisboa”, recorda Tiago. “Para ver os artistas que queríamos tínhamos que ir ao Porto e resolvemos começar a tentar trazer alguns a Lisboa.

Foi assim que tudo começou.” Da garagem da Faculdade da Arquitectura passaram para a Faculdade de Letras, até fazerem eventos fora. Não se lembram ao certo do primeiro, mas talvez tenha sido o, “clube Zoom”, na Margem Sul, ou no extinto “clube Lua, no Jardim do Tabaco”. “Como não é o som da moda, a maior parte dos clubes não estão interessados em trazer drum and bass e tivemos sempre que inventar e procurar locais novos”, explica Tiago.

“Setenta por cento dos nossos eventos são em espaços que
não são clubes”, conta. “Há uns mais fáceis [de transformar] do que outros. Já fizemos eventos numa antiga loja de móveis em frente ao IADE, na LX Factory, na Gare Marítima... Transformamos os espaços como fazíamos na faculdade.”

Este ano, o 17.º aniversário, que consideram “o maior evento de drum and bass em Portugal”, será no Estúdio Time Out, no Time Out Market, onde têm realizado várias festas nos últimos tempos e onde também sopraram as velas o ano passado.

Os britânicos London Elektricity e Optical, o último com um “set especial que acompanha a sua história com a Kalimodjo”, são os escolhidos para a primeira parte do aniversário, com um som “mais puro e duro”, adianta Tiago, “que remonta ao início da aventura”.

O objectivo destas três festas 
é “mostrar todos os caminhos do drum and bass nos últimos anos”. A segunda parte, marcada para 16 de Fevereiro, conta com o português DJ Ride e com o austríaco Mefjus e MC Maksim
e é dedicada “às influências mais actuais” do género. Por fim, a 16 de Março, uma aguardada “jungle edition”, com General Jevy e Joe Ariwa. “Não conseguimos agradar a todos num evento só, então decidimos fazer vários”, ri-se Tiago.

Quando começaram, talvez o drum and bass fosse mais popular do que é agora. “Talvez na altura fosse mais forte ou
a própria noite é que era mais forte”, continua. “Nunca foi
o som da moda, por isso a renovação não é tão pujante como noutros estilos sonoros, mas existe sempre.”

Sábado, 23.00-06.00, no Estúdio Time Out, Time Out Market (Cais do Sodré). Bilhetes a 20€.

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