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Valter VinagreA obra de Telmo silva

LandArt: há arte para ser contemplada na natureza em Cascais

Nona edição do LandArt arranca na sexta-feira, com obras de cinco artistas dispostas pela Quinta do Pisão.

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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A nona edição da bienal LandArt abre ao público a 18 de Julho, na Quinta do Pisão, em Cascais, onde permanece até 6 de Setembro. A mostra de arte ao ar livre partiu este ano da alteridade entre sítio e não-sítio e convida os artistas “a saírem dos espaços tradicionais de exposição para criarem e integrarem as suas obras na natureza”.

Os visitantes poderão conhecer instalações, pinturas e esculturas de cinco artistas em sintonia com a paisagem natural envolvente. Filipe Feijão, Ilda David, Manuel Rosa, Maria José Almeida e Telmo Silva são os artistas convidados da exposição, com curadoria de Luísa Soares de Oliveira.

Filipe Feijão apresenta uma grande estrutura que acolhe plantas e objectos diversos, manufacturados ou achados no espaço natural. Para esta exposição irá apresentá-la desmontada, colocada num espaço que, futuramente, será coberto com terra e com o manto vegetal próprio do parque natural Sintra-Cascais.

Ilda David mostra pinturas inspiradas nas suas memórias de infância e desenvolvida a partir de um trecho de Maria Gabriela Llansol, Lisboaleipzig, dispostas para que pareçam duplos da paisagem envolvente.

Por sua vez, Manuel Rosa criou esculturas em gesso e madeira, fixas no solo de uma lagoa, que evocam a memória da matéria com que foram construídas.

Maria José Oliveira estabeleceu uma ligação entre a sua própria obra, que com frequência se serviu da cal para criar superfícies de um branco luminoso, e a existência de poços de cal antigos na Quinta do Pisão. Trabalhou a transmutação dos materiais através do fogo que se operava nessas estruturas escolhendo uma delas para apresentar um grande diamante brilhante, feito em técnicas mistas que incluem pintura e escultura.

Telmo Silva trabalha também as estruturas recorrendo à pintura e escultura. Leva para espaços quase escondidos da quinta um cepo previamente trabalhado no ateliê – através da queima controlada –, ou recolhendo cepos de árvores entretanto desaparecidas.

Cumprindo com as regras de segurança, a Fundação D.Luís e a autarquia de Cascais disponibilizam ainda visitas gratuitas aos ateliês, em grupos de até oito pessoas. Estas visitas, realizadas pelo serviço cultural e educativo do Bairro dos Museus, acontecem de terça a sexta-feira, às 10.00.

+ Os sítios que tem de visitar no Bairro dos Museus, em Cascais

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