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Le Cuivré: uma pastelaria francesa para conhecer os cannelé

Escrito por
Inês Garcia
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Chamam-se cannelé e é nome para ler com sotaque. A nova pastelaria de Belém, Le Cuivré, não vende os pastéis mais famosos da zona, até porque é bem francesa: o produto em grande destaque são uns pequenos bolinhos com forma canelada, tradicionais de Bordéus, em França.

“Os portugueses quando aqui entram têm tendência para perguntar se são bolinhos de canela, por causa do nome, mas não é nada disso”, diz Stéphanie Amorin, uma das sócias. Os cannelé são um bolinho francês do século XVI, criado pelas freiras do convento des Annonciades, e levam os ingredientes normais todos de um doce, dos ovos à farinha, manteiga e leite, mas o que os distingue é a baunilha Bourbon e o rum. A massa, depois de feita, fica entre 24 a 48 horas a repousar no frigorífico e só depois é posta numas formas de cobre para ir ao forno, de onde saem com um interior húmido, ao estilo queijada, e uma crosta bem crocante, caramelizada.

Stéphanie Amorin, uma das sócias da pastelaria Le Cuivré
Fotografia: Manuel Manso

Stéphanie vive em Lisboa há dez anos e ainda não tinha encontrado nenhuma pastelaria que vendesse os bolinhos da sua terra – por isso pôs mãos à obra. Andou à procura das formas de cobre e pediu ajuda aos donos da casa mais famosa de Bordéus – surpresa, as formas eram feitas no Norte de Portugal. Há cannelé grandes (1,50€), médios (1,25€) e pequenos (0,50€), e além da massa clássica – que mesmo assim levou ajustes depois de testes com a vizinhança, pouco habituada ao sabor intenso do rum –, tem os bolinhos com recheio de caramelo salgado caseiro e framboesa. Têm também um com a massa de chocolate e recheio de chocolate, e outro com massa com café. Em Bordéus apostam mais no clássico e no de chocolate, mas Stéphanie quis trazer variedade e até já está a pensar nos próximos recheios, inseridos no cannelé com uma seringa de pasteleiro, como o lemon curd e o creme de castanha agora para o tempo mais frio.

Os macarons de framboesa e chocolate
Fotografia: Manuel Manso

Mas esta não é uma loja de monoproduto. Também feitos na loja são os macarons, por enquanto apenas em dois sabores, de framboesa e de chocolate (0,90€ cada). A montra cresce com caracóis, croissants de manteiga, ou alguns folhados, de um fornecedor francês – a loja é pequenina, com uma cozinha pequenina, e não tinham capacidade para fazer, por exemplo, a massa folhada aqui. “Eu vivo a 300 metros da loja e sei as dificuldades que há aqui na zona para encontrar pão. Temos que ir até perto dos Pastéis de Belém ou ao centro”, explica, e por isso acrescentou pães de Mafra e baguetes francesas ao rol da oferta.

Rua do Embaixador, 164 (Belém). 93 302 849. Ter-Sáb 08.00-19.00, Dom 08.00-12.00.


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