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Lisboa é de todas as cores: está aí a marcha do orgulho LGBTQI+

Escrito por
Clara Silva
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No sábado, as ruas de Lisboa enchem-se de bandeiras arco-íris. O ponto de encontro é no jardim do Príncipe Real, às 17.00, nesta 20ª edição da Marcha do Orgulho LGBTI+.

Depois do festão do arraial pride no fim-de-semana passado, está na altura de desfilar com orgulho pelas ruas de Lisboa. É a 20.ª edição da Marcha do Orgulho LGBTI+ – que até ao ano passado se chamava Marcha do Orgulho LGBT – e, por isso, é uma data ainda mais especial.

Tal como nos anos anteriores, a marcha é organizada por um conjunto de associações, núcleos estudantis e colectivos informais que se juntam no Príncipe Real (o encontro está marcado para sábado às 17.00), para desfilar pelas ruas da cidade até à Ribeira das Naus.

Em 2018, foram “pelo menos 10 mil pessoas” a descer do Jardim França Borges até junto ao rio, à Ribeira das Naus, números oficiais. “O ano passado a marcha já estava a chegar ao Cais do Sodré e ainda havia pessoas a sair do Príncipe Real”, confirma Alice Azevedo, da organização.

Este ano o número deverá aumentar. “De ano para ano a marcha cresce assim pelo menos por um milhar de pessoas por ano”, continua a organizadora. “Tem tido um crescimento extraordinário.”

Além das duas décadas de existência, a marcha deste ano tem outro peso: acontece no fim-de-semana das comemorações dos 50 anos de Stonewall, um dos acontecimentos mais importantes na história da luta pelos direitos LGBT. Os confrontos entre a polícia e vários membros da comunidade LGBT aconteceram há meio século à porta do bar Stonewall Inn, em Greenwich Village, Nova Iorque, e várias marchas Pride do mundo inteiro prestam a devida homenagem.

Lisboa não é excepção: “Celebramos os 20 anos da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, os 45 anos da liberdade e os 50 anos da Revolta de Stonewall, e recordamos a coragem de todas as pessoas que lutaram para hoje contarmos vitórias, marchando pelo que falta cumprir”, explicam no evento.

Há outras conquistas da comunidade que também merecem ser celebradas: “A 1.ª marcha em 2000, a descriminalização da homossexualidade em 1982, o primeiro Arraial [Pride] em 1997, a união de facto em 2001 e o casamento civil em 2010, a adopção e o apadrinhamento em 2015, a PMA em 2017 e a autodeterminação de género em 2018”. Ainda assim, “nada está garantido e ainda nos faltam muitas conquistas”, diz a comissão organizadora. É por isso que no sábado o melhor a fazer é marchar.

Depois da marcha, deverá repetir-se a habitual festa no Titanic Sur Mer, ainda com um cartaz por anunciar.

Sábado, 17.00, na Praça do Príncipe Real

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