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Ucrânia em Lisboa
© CMLImagem de arquivo de manifestação solidária a 24 de Fevereiro de 2023

Lisboa sai em apoio dos ucranianos retidos na cidade e prepara chegada de refugiados

A Câmara Municipal de Lisboa irá coordenar a doação de donativos para a Ucrânia. Foi anunciada ainda a abertura de um centro de acolhimento para refugiados, a criação de uma linha telefónica de apoio e a disponibilização do refeitório municipal de Monsanto.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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A 24 de Fevereiro, a fachada da Câmara Municipal de Lisboa (CML) vestiu-se com as cores da bandeira da Ucrânia e centenas de pessoas concentraram-se em frente aos Paços do Concelho para manifestar solidariedade com o povo ucraniano. Nessa noite, Carlos Moedas e Inna Ohnivets, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, marcaram presença para se posicionarem contra uma guerra que o presidente da CML descreveu como “inqualificável”. Esta segunda-feira, ambos apresentaram uma série de medidas solidárias não só com os refugiados que poderão estar a caminho de Lisboa, mas também com as famílias ucranianas que neste momento não podem regressar ao seu país.

Uma das medidas é a criação de uma linha telefónica (800 910 111) e de um email (sosucrania@cm-lisboa.pt) para fazer a ponte entre os que precisam de ajuda e todos os que querem ajudar, para reunir desde já apoios em tudo o que diz respeito à alimentação, alojamento, vestuário, medicação ou mesmo apoio psico-social. O edifício dos Paços do Concelho será ainda o centro da recepção directa de donativos que depois serão reencaminhados para a Ucrânia. A Embaixada da Ucrânia ficará responsável por definir o que será necessário a cada momento “para que possamos receber aquilo que efectivamente faz falta”, explicou Carlos Moedas. Todas as 24 Juntas de Freguesia da cidade se mostraram disponíveis para ajudar a coordenar a entrega de donativos com a população.

Foi também anunciada a abertura do refeitório municipal de Monsanto para, numa primeira fase, servir os ucranianos que estão retidos em Portugal e, num esforço de antecipação à chegada de refugiados ucranianos à cidade, está a ser preparado um centro de acolhimento temporário no pavilhão desportivo da sede da Polícia Municipal de Lisboa, junto à Praça de Espanha. Uma estrutura que contará também com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa. Os esforços serão coordenados no terreno por Margarida Castro Martins, directora do Serviço Municipal de Proteção Civil, que se juntou à apresentação deste conjunto de medidas e garantiu a abertura deste centro “num prazo máximo de 72 horas a partir do momento que tenhamos conhecimento da necessidade da sua abertura.”

“Gostaríamos de dar esse sinal de que Lisboa é uma cidade aberta, que Lisboa está com a Ucrânia, mas sobretudo que estamos coordenados neste momento tão difícil para as nossas vidas”, disse Carlos Moedas que destacou a união entre os vereadores desta CML, deste executivo e da oposição, que desde a primeira hora têm estado presentes para ajudar o povo ucraniano, sublinhando que Lisboa “será sempre uma cidade justa para ajudar todos aqueles que precisam”.

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