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Lisboa vai lavar a cara a cinco praças e aceita ideias

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Desde 2013 que o programa municipal Uma Praça em Cada Bairro tem lavado a cara a alguns espaços públicos. Dizemos-lhe o que está para mudar – e que as sugestões são bem-vindas.

Até ao final do mês a Câmara Municipal de Lisboa (CML) lança um desafio à navegação com a ajuda de um inquérito online que tem por missão recolher sugestões para o Largo de São Sebastião da Pedreira, o Largo do Rilvas, a Estrada da Luz, o Largo Rodrigues de Freitas e o Largo de São Vicente. Se conhece os altos e baixos destes espaços públicos, está convidado a preencher o inquérito – disponível em inqueritos. cm-lisboa.pt/index.php/637863 – que precede um conjunto de sessões de debate, a organizar durante o ano pelo município em conjunto com as Juntas de Freguesia correspondentes a cada uma das praças. O inquérito disponível pede-lhe que avalie, numa escala que começa no Muito Bom e termina no Muito Mau, o estado actual destes espaços: mobiliário urbano, passadeiras, higiene urbana, espaço automóvel, transportes públicos, deixando-lhe ainda espaço para outras preocupações e também sugestões. Conheça melhor o que está na calha da CML para cada um destes largos. Com uma estrada pelo meio.

Largo do Rilvas
É o largo do Ministério dos Negócios Estrangeiros, junto ao Palácio das Necessidades, e tem muitos carros pelo caminho. O estacionamento será reorganizado, bem como a circulação viária, o espaço rearborizado, com opções de descanso e estadia. Também estão em cima da mesa bolsas de estacionamento para motas e bicicletas, numa proposta de intervenção com um total de 6000 m2 que se estende pela Rua Embaixador Teixeira Sampaio, fazendo a ligação do largo à Avenida Infante Santo.

Largo de São Sebastião da Pedreira
O meio de um largo bem decorado a edifícios oitocentistas é hoje ocupado por um pequeno parque de estacionamento e uma pequena área pedonal com dois bancos de madeira virados para o Palácio Vilalva (onde funcionam alguns serviços do Exército Português). A proposta da CML é que este largo passe a ser “de domínio do peão”, com pavimento antiderrapante, mais bancos, mais árvores e eliminação de uma faixa de rodagem. Uma estação das Gira também será aqui plantada, num espaço que passará a ter estacionamento dedicado a motas e bicicletas.

Estrada da Luz
É uma longa via de cerca de dois quilómetros, mas a proposta da CML é renovar a área junto ao Parque Bensaúde, até ao cruzamento com a Rua dos Soeiros e a Rua Tomás da Fonseca, já próximo da Segunda Circular. Intersecção que verá o seu esquema de circulação ser repensado, de forma a reduzir excessos de velocidade e intensidade de tráfego, e onde serão melhoradas as condições para os peões, com passeios mais largos e verdes e mesmo a criação de uma praça, hoje inexistente. A Estrada da Luz pode ainda ganhar um acesso viário à Rua Cidade de Cádiz, paredes meias com o Parque Bensaúde, que verá a circulação pedonal também melhorada.

Largo Rodrigues de Freitas
A meio caminho entre o Largo da Graça e o Largo das Portas do Sol fica este mal amado largo, hoje um ponto de passagem e de estacionamento desordenado. No largo onde existiu o Arco de Santo André da Cerca Fernandina, demolido em 1913, a ideia é que seja diminuída a largura das faixas de rodagem para serem aumentados passeios e introduzidos espaços de estadia e novas árvores, num largo que servirá de “remate” à alameda da Igreja do Menino Deus.

Largo de São Vicente
Vai-se embora o parque de estacionamento de carros e tuk-tuks mesmo em frente à Igreja de São Vicente de Fora, que também é panteão, mas da dinastia de Bragança e dos cardeais patriarcas. A proposta da CML defende a construção de “um vazio de contemplação do Convento e Igreja de São Vicente de Fora” e a introdução de espaços de estadia com mais mobiliário urbano e aumento dos passeios. As árvores ficam e podem vir mais.

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