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Livraria Cotovia despede-se do Chiado, 30 anos depois

A livraria Cotovia vai deixar de ter o seu espaço físico no Chiado. Editora continuará a vender online. Até 13 de Março, há promoções em todas as obras.

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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A livraria Cotovia encerrará as portas do número 24 da Rua Nova da Trindade, no Chiado, depois de 30 anos de actividade. A loja física fechará a 13 de Março, mas continuará a ser possível comprar os seus livros através da página online.

A venda do edifício será o motivo desta decisão, soube a Time Out. Antes de pôr fim a este capítulo, a livraria terá promoções de 30% sobre o preço de capa e de 40% na compra de mais de três livros, até à data de encerramento.

Num comunicado publicado no Facebook, a editora afirma que “o Chiado, tal como está agora, não deixa saudades” e que “voa para outras paragens, mais tranquilas”. O local que antes albergou a Opinião (livraria de referência para os opositores ao regime) e que foi concebido pelo atelier de arquitectura de Nuno Teotónio Pereira, deixa a sua casa de sempre “como tantos outros livreiros e alfarrabistas já deixaram também”.

“A livraria fecha, passando a funcionar apenas online." "Estaremos muito activos online e os nossos livros continuam disponíveis praticamente em todas as livrarias”, lê-se ainda no texto publicado na rede social.

Nos últimos anos, alfarrabistas e livrarias icónicas têm sido forçadas a cessar actividade nesta zona da cidade. Recorde-se a livraria Portugal que encerrou em 2012, a livraria Sá da Costa em 2013, ou a Aillaud & Lellos em 2017.

A Cotovia, fundada em 1988 por André Fernandes Jorge e pelo seu irmão, o poeta João Miguel Fernandes Jorge, que cedo deixou o negócio, tem sido uma importante publicação no panorama cultural português. A editora destaca-se pela publicação de obras na área do ensaio, ficção, poesia e teatro e tem um dos espólios mais completos no que diz respeito aos clássicos gregos e latinos. O fundador morreu em 2016, e Fernanda Mira Barros, sua mulher, relançou a editora com uma renovada aposta na comunicação. Agora, a editora continuará o seu normal funcionamento noutra morada.

Notícia actualizada às 10.21 de 24 de Fevereiro com a resposta da proprietária, Fernanda Mira Barros.

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