Notícias

Livraria Ferin fecha para inventário e estudo da situação da empresa

A livraria histórica havia sido comprada em 2016, com dívidas, pelo fundador da Ler Devagar. José Pinho morreu em Maio deste ano.

Rute Barbedo
Escrito por
Rute Barbedo
Jornalista
Livraria Ferin
DRLivraria Ferin
Publicidade

É a segunda livraria mais antiga da cidade e "a mais bonita de todas", como dizia José Pinho, o livreiro e fundador da Ler Devagar, que comprou a Ferin no final de 2016, quando esta estava na iminência de fechar devido a graves problemas financeiros. À herança da dívida juntaram-se o tempo em que esteve encerrada, durante a pandemia, bem como a doença e a morte (em Maio deste ano) de José Pinho, situações que estão na base do actual fecho de portas da livraria, por tempo indefinido, para o inventário e a análise detalhada da situação da empresa. Após este trabalho "quase arqueológico", será tomada uma decisão sobre o futuro da livraria fundada em 1840, como explicou à Time Out Joana Pinho, uma das proprietárias.

Recorde-se que, em 2011, a editora Principia havia comprado 49% da Ferin, mas ponderou fechá-la poucos anos depois, devido às dívidas que acumulava. Em 2016, José Pinho, fundador das livrarias Ler Devagar e do festival literário Folio, decidiu comprar a livraria, reavivá-la com programas culturais e apostar na literatura portuguesa em línguas estrangeiras (dada a localização da loja, na Rua Nova do Almada, em pleno Chiado).

Além do importante catálogo nas áreas de História, literatura francófona (a livraria foi fundada por uma família belga) e também raridades e edições antigas, o espaço está protegido pelo selo de Loja com História, da Câmara Municipal de Lisboa. A livraria está de portas fechadas há mais de uma semana.

+ Leia a edição de Dezembro revista Time Out Portugal

+ Penguin ajuda a Crescer com pop-up solidário e sessões de autógrafos

Últimas notícias

    Publicidade