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Mais sustentável, acessível e uma nova praça. É a Feira do Livro de Lisboa 2025

Entre 4 e 22 de Junho, a Feira do Livro está de volta. O espaço vai incluir uma nova praça e melhores acessos a pessoas com mobilidade reduzida.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
Feira do Livro de Lisboa 2024
© Sara Choupina
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Está de regresso a Feira do Livro de Lisboa, entre 4 e 22 de Junho. A 95.ª edição do maior evento dedicado aos livros da cidade acontece no Parque Eduardo VII, num percurso de mais de 1600 metros, que contará com a presença de 133 participantes e onde estarão representadas cerca de 960 chancelas editoriais. Entre sessões de autógrafos, apresentações de livros e debates, serão, à partida, mais de 3000 eventos que decorrerão um pouco por toda a feira, dividida em sete praças – incluindo a nova Praça Verde. Além da renovação do equipamento da Câmara Municipal de Lisboa, dinamizado pelas Bibliotecas de Lisboa (BLX), conta-se com a melhoria dos acessos para pessoas com mobilidade reduzida e ainda com uma iniciativa, em parceria com a The Navigator Company, focada na sustentabilidade.

Como tem vindo a acontecer em anos anteriores, mantém-se a mesma vontade para a próxima Feira do Livro – que proporcione visitas memoráveis e que permita a maior fruição possível do público. “Queremos uma feira diferenciadora, queremos ouvir, cada vez mais, que é a feira mais bonita do mundo. Queremos que, cada vez mais, seja um espaço de família, de amigos”, disse Miguel Pauseiro, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), na conferência de imprensa da Feira do Livro de Lisboa, esta terça-feira, referindo como 2025 é o ano de consolidação do trabalho que tem vindo a ser feito para o tornar realidade.  

Para isso, e apesar de não haver grandes mudanças no que toca à edição anterior, houve um aumento de 120 mil para 135 mil euros de investimento por parte da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para a realização da Feira do Livro, que, este ano, conta com a participação da EGEAC Lisboa Cultura. “Sempre que conseguirmos aumentar [esse investimento], vamos fazê-lo”, não só em termos financeiros, mas também logísticos, sublinhou Carlos Moedas, presidente da CML, que não deixou de destacar a importância do evento, bem como de outros equipamentos culturais da cidade. 

São exemplos disso o Museu de Arte Contemporânea de Lisboa e o Pavilhão Julião Sarmento, que inauguram em Junho, mas também da Biblioteca António Mega Ferreira, que abre na quinta-feira, 22 de Maio, e que vai funcionar 24 horas, e numa nova livraria municipal na Praça D. Pedro IV, junto ao Café Nicola, cuja abertura está apontada para 30 de Junho. “Terá todas as edições que decorrem de exposições que são desenvolvidas e outros ensaios científicos que são desenvolvidos por vários equipamentos que a Lisboa Cultura dispõe. Normalmente, estão muito direcionadas para poucos espaços”, explicou Pedro Moreira, presidente do conselho de administração da EGEAC Lisboa Cultura.

Uma nova praça, mais programação e acessibilidade 

De volta à próxima edição da Feira do Livro, mantêm-se os 350 pavilhões, que irão comportar 963 marcas editoriais e mais de 85 mil títulos. Às seis praças que já existiam, junta-se uma nova – a Praça Verde –, de forma a melhorar ainda mais as condições da feira para a realização de programas como apresentações de livros e sessões de autógrafos, que se espera que ultrapassem o número do ano passado, em mais de 3000. Os autores que estarão presentes ficam por revelar, mas alguns nomes já vão sendo anunciados pelas editoras. A brasileira Carla Madeira, autora de Tudo é Rio, por exemplo, vai estar na feira no dia 7 de Junho. 

Regressam também os concertos de sexta-feira à noite, no Auditório Norte, e uma das iniciativas que mais sucesso faz – a Acampar com Histórias –, em que, com a parceria das BLX, as crianças entre os oito e os dez anos, são convidadas a passar uma noite na feira, neste caso na Estufa Fria. Além dos clubes de leitura e do Consultório de Leitura, promovido pelo Plano Nacional de Leitura (PNL), a restante programação infantil, como as oficinas e leituras encenadas, estas dinamizadas pelas BLX, ganharão mais espaço no renovado equipamento da Câmara Municipal de Lisboa.

A aposta na acessibilidade continuará também a ser um dos pontos principais e, por isso, esperam-se novos e melhorados acessos para pessoas com mobilidade condicionada, em que serão utilizadas mais rampas, neste caso portáteis, um reforço das casas de banho adaptadas e também a aposta na formação do staff da organização sobre acessibilidade. No site da feira, já disponível, as pessoas encontrarão sugestões para planear a sua visita, bem como os percursos acessíveis e os eventos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Os mapas com a programação e as praças continuarão a incluir uma sinalética adaptada para daltónicos.

Outras das novidades prendem-se ainda com a área da restauração, que terá dez novos espaços, e com a parceria da Feira do Livro de Lisboa com a The Navigator Company e que visa a sustentabilidade. Com a iniciativa Vamos plantar livros, por cada 100 livros vendidos, será plantada uma nova árvore em Lisboa. Até agora, foram já plantadas ou replantadas cerca de 7000 árvores, que correspondem aos 700 mil livros que se estima virem a ser vendidos. Já iniciativas como a Doe os seus livros ou a Hora H também regressam este ano.

Em relação ao impacto da Feira do Livro de Lisboa no mercado livreiro, Miguel Pauseiro não deixou de destacar que “a Feira do Livro de Lisboa tem um impacto positivo, muito significativo, naquilo que é o mercado livreiro nacional. E reflecte aquilo que tem sido o comportamento do mercado nos últimos anos – um crescimento robusto, sólido, um crescimento na casa dos dois dígitos, mas que não pode ser uma moda.”

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