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Maria de Medeiros e The Legendary Tigerman cantam o cinema

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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Maria de Medeiros e The Legendary Tigerman têm encontro marcado, este sábado, no Teatro São Luiz. É a última data do Misty Fest em Lisboa.

Os caminhos de Maria de Medeiros e Paulo Furtado, The Legendary Tigerman, cruzaram-se pela primeira vez há dez anos, no álbum Femina. Na altura, o bluesman rodeou-se das mulheres que até então tinham sido objecto das suas canções e deu-lhes a voz. Entre as cantoras que convidou para cantarem com ele estava Maria de Medeiros, que cantou o clássico “These Boots Are Made For Walking”, escrito por Lee Hazlewood para Nancy Sinatra nos 60s.

Mais tarde, em 2012, foi a vez de ela pedir a Paulo Furtado para lhe dar a mão no seu disco, Pássaros Eternos. Ele ajudou-a a compor “Shadow Girl” e a musicar uma versão de “24 mila Baci”, cantada pelo italiano Adriano Celentano nos anos 60. É esta última canção que dá o nome e o mote para estes espectáculos, que começaram antes ainda do Misty Fest, mas este mês se juntaram ao festival.

“A Maria não cantava há algum tempo e recebeu um convite para actuar em Cartagena, num festival. Ela estava com vontade de criar um alinhamento relacionado com a música para cinema e ligou-me a perguntar se estaria interessado em participar”, recorda Paulo Furtado. “Isso ressoou de maneira intensa em mim, porque sempre fui apaixonado por cinema e bandas sonoras. Agradava-me não só trabalhar com ela, como trabalhar em torno da música de cinema.”

Depois deste convite inicial, juntaram-se à dupla outros músicos. “Temos o João Cabrita no saxofone, o Filipe Rocha, no baixo e no contrabaixo, e o Paulo Segadães na bateria”, enumera Paulo Furtado. “São quem agora me acompanha sempre ao vivo.”

O cantor e compositor português prefere não revelar muito sobre o alinhamento, mas admite que não vão só tocar “música de cinema” nem as canções que fizeram juntos ao longo dos anos. “Do meu repertório estamos a tocar o “Love Ride” e o “Far As Stars”. Da Maria de Medeiros tocamos também o “Diz que é fado”, adianta. “Mas a ideia é que os sets vão sendo diferentes e vão mudando ao longo do tempo.”

Porque isto é para continuar. “Queremos ter períodos durante o [próximo] ano em que vamos em tour juntos. Em Portugal e lá fora.” Gravar um disco de estúdio com este repertório, contudo, não está nos planos. “Isso não faz sentido nenhum” para The Legendary Tigerman, que ainda assim não fecha a porta à gravação de um disco ao vivo. “Isso já é uma coisa que pode acontecer. Eu gostava.”

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