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Está na hora de uma renovação há muito devida. O Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC), que tem sofrido com a ambiguidade da nomenclatura e a escassez de recursos, vai ser alvo de obras de ampliação, para duplicar as áreas de reservas e exposições. A novidade foi anunciada pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, na última terça-feira, 17.
Estávamos ainda em 2014 quando o então secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, assinou um protocolo com o Ministério da Administração Interna e o Ministério das Finanças para cedência de parte do convento de São Francisco. O objectivo era duplicar o espaço disponível para o MNAC – as obras de ampliação estenderam-se primeiro para o edifício do Governo Civil, na Rua Capelo, que abriu em 2015, estabelecendo-se mais tarde a ligação ao edifício original do museu, na Rua Serpa Pinto –, mas não foi o suficiente.
Nas últimas três décadas, todos os directores do MNAC apontaram a “exiguidade do espaço” como um dos principais problemas do museu, que possui um acervo de quase 5000 peças de arte, desde 1850 até à actualidade, com muitas delas guardadas em entidades como embaixadas ou ministérios. Os valores de investimento desta nova empreitada ainda não foram divulgados, mas a ampliação será feita aproveitando uma “área neste momento absolutamente devoluta” e a duplicação dos espaços de reserva vai permitir ter muito mais peças em depósito.
De acordo com a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, o concurso para o projecto de arquitectura deverá ser lançado ainda este ano, com as obras a avançar em 2024, sem necessidade de encerrar o museu.
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