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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Conheça as novidades do Kremlin

Um novo sistema de luz, decoração renovada, a mesma alma. "Para acompanhar as tendências”, a discoteca histórica fez alterações ao espaço.

Teresa David
Escrito por
Teresa David
Jornalista
Kremlin
© Francisco Romão Pereira / Time OutKremlin
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Serão poucos os lisboetas a desconhecer a pista de dança do Kremlin. Afinal, desde os anos 80 que a discoteca faz mexer esqueletos nas Escadinhas da Praia, em Santos, ao som de boa música electrónica. No histórico estão também vários episódios de violência, que levaram a um fecho de portas em 2011, mas a verdade é que desde que Filipe Martins e Fernando Rodrigues lhe tomaram as rédeas, cinco anos depois, que não se ouve falar de tal coisa. Ao mesmo tempo que mantém a paz, a dupla tem vindo a fazer algumas pequenas mudanças no espaço, a mais relevante anunciada este Dezembro. O Kremlin está de cara lavada, com uma nova decoração e sistema de luz.

“A ideia foi trazer algo diferente. Não perdermos a identidade aqui da cave, do que é o Kremlin, mas ir dando um toque ou outro mais sofisticado para tentar acompanhar as tendências”, começa por explicar Filipe Martins. Agradar à clientela estrangeira e alargar o target são outros motivos. “Lisboa está cada vez mais preparada a nível de turismo, e queremos ser um lugar apetecível. Já há algum tempo que temos uma grande taxa de turismo que nos visita”, diz. “Também queremos desmistificar um bocadinho aquilo que é o Kremlin. As pessoas pensam que é aquela casa underground, que fecha tarde, mas não: é uma casa que toca música electrónica, mas que está aberta a todos.” 

Quem entrar agora no Kremlin é guiado até à pista de dança por um jogo de luzes, em neon, que percorre todo o tecto. “É um sistema de última geração de leds que permite criar vários ambientes. Os estáticos com qualquer tipo de cor, com qualquer tipo de intensidade. Durante a noite, em horas de pico, com a música, isto [vai estar] a piscar e a movimentar-se de um lado para o outro”, revela o responsável. É por isso que na cabine, por onde nos últimos tempos passaram nomes como Toksam, Aca, Mene ou Reelow, existe agora um espaço reservado ao técnico de luzes, que fará a sua magia durante a madrugada, consoante a música. O sistema de som também é novo.

Kremlin
© Francisco Romão Pereira / Time OutKremlin

Ainda assim, o que chama mais a atenção é a decoração das paredes, uma cortesia do artista plástico RAF – Rui Ferreira. “Sempre gostei muito do trabalho dele”, admite Filipe Martins. Há vários graffitis e quadros retroiluminados a puxar à estética urbana, e ainda uma estrutura na cabine que dá a ilusão de ser 3D. Por fim, o privado mudou-se para mais perto do DJ. “Para nos adaptarmos também ao que se está a usar em todo o mundo, passámos o privado para junto da cabine porque hoje em dia é algo que as pessoas procuram muito. Querem estar no privado, mas ao mesmo tempo junto do barulho e da pista”, afirma. 

Com estas mudanças, os proprietários esperam ainda poder abrir as portas de dia. “Serviços corporativos, sejam jantares, almoços, palestras. Preparámos a casa para esse efeito”, revela. 

Escadinhas da Praia, 5 (Santos). Qui-Sáb 00.00-06.00

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