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Francisco Romão Pereira

MUDE reabre no último trimestre de 2023, sete anos depois de fechar para obras

Museu na Rua Augusta fechou para obras em 2016. A reabertura está, finalmente, prevista para o final do ano. Até lá, prevê-se reforço do acervo.

Joana Moreira
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Joana Moreira
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O MUDE – Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, reabre no final do ano, avança a sua directora, Bárbara Coutinho. “Estamos a trabalhar para a reabertura se fazer no último trimestre deste ano”, revela à Time Out. “Não conseguimos ainda dar uma data previsível, contamos fazê-lo em breve.”

O edifício, junto ao Arco da Rua Augusta, está de portas fechadas desde 2016 para reabilitação. Nos últimos sete anos, o museu tem andado “fora de portas” com um calendário de actividades um pouco por toda a cidade. Em 2018, as obras, que deveriam durar cerca de 18 meses, foram interrompidas com a insolvência da Soares da Costa, a construtora responsável pelo projecto. Seguiram-se três anos com o museu fechado, à espera. As obras retomaram só em 2021 com a Teixeira Duarte, vencedora do concurso público entretanto aberto para concluir a empreitada, com um prazo de conclusão dos trabalhos de dois anos. 

Vistas de fora, as obras permanecem um mistério, com os taipais a bloquear a vista. Apesar do “aumento no preço de materiais de construção, derivado a todo este contexto geopolítico que vivemos”, Bárbara Coutinho garante que “as obras têm decorrido de uma forma muito normal e a um ritmo muito positivo para garantirmos a reabertura o mais breve possível". 

São mais de 12 mil as peças que constam do inventário do museu que abriu portas em 2009 em plena Baixa, na antiga sede do Banco Nacional Ultramarino (BNU), tendo como base a colecção de moda e design de Francisco Capelo, que a vendeu em 2003 à Câmara de Lisboa (CML) por cerca de 6,6 milhões de euros. À Time Out, a diretora do MUDE adianta agora que novas peças têm vindo a ser integradas no acervo do museu, sendo as mais recentes as pertencentes ao Teatro da Cornucópia/Cristina Reis (cenógrafa). “É um acervo de grande importância pela sua unidade, pela sua representatividade e que vai, no caso do museu, também ser elemento de um novo eixo do nosso acervo, que é o design de palco”, acrescenta. Trata-se de uma “doação da Cristina Reis e do Luís Miguel Cintra” e que ascende a mais de mil peças, entre figurinos, cartazes, maquetas, acessórios e adereços. Este ano Bárbara Coutinho prevê "novas incorporações" na colecção, que tem "vindo a crescer bastante por doações, por depósitos também e também por algumas aquisições".

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De acordo com informações prestadas pela directora, a equipa do MUDE é actualmente constituída por 14 elementos, sendo que dois deles chegaram "nos últimos meses". "Esperamos que a equipa vá crescendo ao longo deste ano", adianta.

O MUDE é o único museu municipal que não está sob a alçada da empresa municipal de cultura, a EGEAC. A directora do equipamento escusa-se a opinar sobre esse regime excepcional e diz que o momento é de "reflexão conjunta e em equipa" para encontrar "o melhor enquadramento para garantir o funcionamento pleno do MUDE". De entre as várias questões em discussão com a CML, "essa é uma delas".

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