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Nápoles vs Roma, uma batalha pela cozinha tradicional italiana no Mano a Mano

Escrito por
Inês Garcia
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O novo restaurante da cidade, na Rua do Alecrim, põe em confronto o melhor da cozinha italiana: pizzas romanas, napolitanas, massas, pratos de peixe, carnes assadas ou panadas.

Mona Lisa vs Cicciolina, Júlio César vs Silvio Berlusconi. Estes mano a mano são invulgares mas nada descabidos se transpusermos a brincadeira para o que se passa no novo restaurante do grupo SushiCafé em parceria com António Oliveira e Silva, responsável por outros conceitos italianos, como o Casavostra em Almancil, no Algarve, ou o Este Oeste, de pizzas e sushi, em Belém. Aqui há pizzas napolitanas em confronto com pizzas romanas e pizzas em confronto com todos os outros pratos tradicionais italianos (e não estamos a falar só de pasta).

Há dois fornos a lenha no Mano a Mano
Fotografia: Duarte Drago

“Não é uma pizzaria. É um restaurante italiano contemporâneo, verdadeiro, para todos os dias, que põe em confronto o melhor da gastronomia italiana”, explica António Oliveira e Silva. A ideia de confronto é evidente assim que se entra no novo restaurante da rua do Alecrim: há uma cozinha aberta e dois fornos a lenha enormes, o da direita certificado para pizzas napolitanas, com uma temperatura de 500 graus, o da esquerda para as romanas, a 300 graus. Ao lado está o bar e uma sala ampla, com mesas com tampos em mármore e uma garrafeira à vista de todos.

Burrata fresca
Fotografia: Duarte Drago

O segundo sinal inequívoco de que isto é um mano a mano está então nos menus, pendurados na parede da sala com as imagens da obra de Leonardo Da Vinci e a estrela porno italiana, por exemplo. A carta, assinada pela chef executiva Laura Schneider, formada em Florença e que António conheceu por um feliz acaso, divide-se naturalmente em antipasti, insalate, primi, secondi, contorni, piatti unici e as pizze.

Capelli recheados com cogumelos porcini, creme de grana padano e trufas negras
Fotografia: Duarte Drago

Comecemos então pela burrata cremosa, apresentada numa taça sobre geleia de pimentos vermelhos e com anchovas em azeite no topo (12,50€), um prato agridoce para iniciar. Aqui tem também os arancini, uns croquetes recheados com arroz e temperados com açafrão, queijo scarmoza e óregãos frescos (três unidades/8,50€) e cestos de focaccia caseira (3,50€) que, de resto, devem ficar na mesa para ir acompanhando toda a refeição. Nos primi estão as massadas – que o verdadeiro italiano comerá como primeiro prato antes de seguir para carnes ou peixes – das mais tradicionais carbonara (12,50€) e bolonhesa (10,50€) aos capelli recheados com cogumelos porcini, creme de grana padano e trufas negras (13,50€). A lasanha caseira e tradicional também cá está, em doses individuais durante a semana (12,50€) e servida em tabuleiros grandes para almoços de família aos domingos, para quatro pessoas (40€) ou seis (55€).

Filetes de carapau com crosta de pecorino romano e salsa
Fotografia: Duarte Drago

O desafio, como quem diz a ementa, continua – pode escolher a massa que já conhece ou os filetes de carapau com crosta de pecorino romano e salsa (8,50€). A costeleta de cachaço de porco panada (9,50€) acompanhada por feijão branco aromatizado com laranja e salvia (4,50€) ou um piatti unici, os pratos mais completos, como as bochechas de vitela estufadas em vinho tinto e puré de batata (14,50€).

A Margherita napolitana
Fotografia: Duarte Drago

Chegamos inevitavelmente ao capítulo das pizzas. Há 15 no total, todas disponíveis ora em versão romana, mais fina e crocante, ou napolitana, mais alta, ainda que o restaurante deixe a recomendação que, por exemplo, a Margherita deve ser napolitana (12€), claro, enquanto a de figos e prosciutto de parma fica mesmo bem seguindo a receita romana (14,50€). Mas pode trocar-lhes as voltas, sem pagar mais por isso.

A Estate, com figos e presunto, na versão romana
Fotografia: Duarte Drago

A acompanhar tudo isto pode optar pelo nosso bom vinho português ou pelo vinho italiano da casa, em rosé e branco Pinot Grigio, ou tinto Roccaperciata (3,50€ o copo) – achou mesmo que, com tanto confronto, a dualidade se ficava pela comida?.

Por fim, vai uma panacotta com calda de caramelo salgado (4,50€?) ou uma merengada, com sorbet de tangerina com creme de limão, natas frescas aromatizadas com limoncello e suspiros (6,50€)?

Rua do Alecrim 22 (Chiado). 91 405 4273. Seg-Dom 12.00-00.00.

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