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Nesta Lanchonete, há pastéis de vento, pão de queijo e hambúrgueres

Escrito por
Tiago Neto
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A Lanchonete, de sotaque brasileiro, abriu em 1986. Três décadas depois, a casa sofreu transformações: desapareceram os espelhos, o metal e a identidade de padaria, para dar lugar a uma fórmula renovada, da carta ao espaço.

Pedro Bento foi o responsável pela mudança. O pai, que aos 12 anos fez do Brasil casa, trouxe de volta para Portugal uma família e um quotidiano passado entre padarias e lanchonetes que viria a ser a inspiração do negócio. Os Bento fundaram a Raio Laser Pastelaria e Lanchonete Lda em 1986 e viram-na crescer e multiplicar-se muito por culpa da vizinha Universidade Lusíada. "Era como uma cantina da faculdade, tinha tudo: tostas, pizzas, baguetes", explica Pedro, "mais tarde abriu uma casa de hambúrgueres também aqui na rua, e depois outra, mas entretanto já se desfez de tudo".

Para ele, licenciado em Gestão, a Lanchonete sempre foi um sonho a transformar. "Desde os oito anos que venho para trás do balcão e, no final do ano passado, despedi-me e agarrei esse sonho. Não só por ser o meu sonho mas porque o meu pai já tem 71 anos e sei que isto foi a vida dele. Peguei na Lanchonete porque tem muito que ver com a história do meu pai."

Fotografia: Manuel Manso

Sobre a mudança, Pedro diz tratar-se de um prolongar da identidade brasileira transportada à comida. Quase tudo o que chega à mesa é feito na casa. "Os pastéis de feira ou de vento, como também são conhecidos , são à moda de São Paulo mas fazemos a massa cá". O mesmo acontece com outras das especialidades da casa como o pão de queijo. E enquanto Seu Jorge vai soando na banda sonora, Pedro vai apontando os obrigatórios da carta.

Os hambúrgueres, um ex-líbris, permaneceram, mas é a herança do lado de lá do Atlântico que distingue o sabor. Há pastéis de feira à moda de São Paulo, de carne de vaca picada ou de pizza, com mozzarela, tomate e orégãos (1,80€). Mas também pode abrir o apetite com pão de queijo (1,60€/duas unidades), ou mini coxinhas de galinha (1,60€/duas unidades).

Lanche americano em pão de forma
Fotografia: Manuel Manso

No prato, os lanches brasileiros na chapa dão seguimento em três variedades: bauru (5€) – com pão saloio, carne assada, tomate, queijo e alface –, o americano (5€), com ovo estrelado em pão de forma, bacon, queijo e fiambre, e o beirute (5,80€), onde o queijo creme, a carne assada, o ovo e queijo se encontram em pão de pita.

Se optar pelos clássicos hambúrgueres – em pão ou no prato –, o 86 (6,85€), com molho especial de barbecue, carne de vaca, bacon e queijo é uma das opções. Há ainda o clássico (5,75€), ou o da horta (6,25€) para opção vegetariana. Para um sabor à portuguesa, a alheira com ovo a cavalo (7,50€), o bitoque (7,50€) ou a omelete (7€) não podiam faltar.

Hambúrguer 86
Fotografia: Manuel Manso

"Nas sobremesas é a minha mãe que é especialista", atira Pedro. A tartelete de lima (1,50€), o bolo brigadeiro (1,95€) ou o pudim de leite condensado (1,95€), todos de fabrico caseiro, são mais um dos recortes canarinhos. Para acompanhar, há uma selecção de cervejas artesanais e de sumos naturais, "uma coisa que a casa já tinha mas que dinamizámos."

bolo de brigadeiro caseiro
Fotografia: Manuel Manso

Rua Pinto Ferreira, 5A (Belém). Seg-Sáb 08.00-19.00. 

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