A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Carlos e Luísa Branco
Francisco Romão PereiraCarlos e Luísa Branco

No Copócone, os cocktails saem das torneiras

Numa antiga geladaria no Largo do Calhariz, reside agora um bar especialista em cocktails à pressão. Os irmãos Carlos e Luísa querem dar a conhecer o conceito à noite lisboeta.

Escrito por
Beatriz Magalhães
Publicidade

O nome acusa algo diferente, mas quando entramos não há dúvidas. É pequeno, intimista e descontraído. É para quem quer beber um copo, enquanto está à conversa com amigos, ou para quem está de passagem e quer matar a sede pelo caminho. O Copócone é bar para isso, mas a sua verdadeira especialidade são os cocktails servidos à pressão.

Na parede, debaixo do letreiro luminoso que destaca o nome do bar, lá estão as torneiras. Delas não sai cerveja, como seria de esperar, mas sim cocktails de autor. As infusões são feitas na casa, tanto com “sabores portugueses” como “sabores exóticos e estrangeiros”. “Conseguimos fazer os cocktails com a mesma qualidade, com os mesmos produtos, mas conseguimos fazer uma preparação anteriormente e poupamos tempo na execução dos mesmos durante o serviço”, explica Carlos Branco, co-proprietário do espaço com a irmã, Ana Luísa Branco. As experiências são muitas, tanto a nível de sabores como a nível da pressão das torneiras, o que leva a que haja uma rotatividade dos cocktails de autor disponíveis.

copócone
Francisco Romão PereiraBernie, gin, morango e menta

Em Lisboa, os irmãos crêem ser os primeiros a abrir um bar com este conceito. Nas viagens ao estrangeiro, descobriram os “cocktails on tap” e, na hora de abrir o bar, sabiam que queriam implementar esta ideia, pois “não é só mais uma bebida, é uma coisa diferente”. A uma sexta-feira à noite, os clientes entram e, na força do hábito, pedem um mojito ou uma margarita, mas a curiosidade fala mais alto e lá pedem um cocktail à pressão, é o que acontece habitualmente. “Quando criámos o nosso conceito quisemos fazê-lo para os locais, para amigos e para quem se identifica connosco”, afirma Carlos.

copócone
Francisco Romão PereiraFred, whisky, maracujá e flor de sabugueiro

Carlos e Luísa, para irmãos, sempre se deram bem e, já há muito tempo, tinham vontade de embarcar num projecto juntos. A oportunidade surgiu quando pegaram no espaço que antes acolhia o negócio do pai: uma geladaria. Carlos, com experiência em bar, e Luísa, formada em comunicação e em gestão, viram na localização e no espaço a possibilidade de dar vida ao Copócone. O nome não deixa esquecer os gelados que o pai serviu na antiga geladaria durante cinco anos. 

O bar não é grande, os arcos de pedra e os apontamentos em tons de verde escuro aliadas à baixa luminosidade tornam o ambiente acolhedor. Na parede atrás do balcão, destaca-se uma janela vertical, utilizada para o serviço de take-away do bar. No Bairro Alto, no número 19 do Largo do Calhariz, o bar fica numa zona, entre o Elevador da Bica e o Miradouro de Santa Catarina. “Passa aqui muita gente, vêm aqui antes de irem para o miradouro ou quando passam para ir embora. Podem pedir e beber lá fora, os estrangeiros gostam de fazer isso, mas convidamos sempre a entrar, também queremos que as pessoas conheçam o espaço e a nós”, diz o co-proprietário.

copócone
Francisco Romão Pereira

Entre os favoritos dos clientes, que até agora têm sempre voltado, estão dois cocktails de autor. O Fred (11€) junta whisky, maracujá e flor de sabugueiro, e o Bernie (11€) gin, morango e menta. As outras opções de cocktails da casa incluem o Fa (11€), com gin e manjericão; o Lu (10€), vodka e cardamomo; o Mati (10€), rum, banana e cacau; o Pradi (10€), gin, toranja e lavanda; o Jama (11€), rum e chili, e por fim, o Château (9€), que junta per se, laranja e espumante. E porque o projecto é, acima de tudo, para amigos e família, os nomes das bebidas fazem referência a várias pessoas na vida dos irmãos.

copocone
Francisco Romão Pereira

Os vinhos, os espumantes e os clássicos, como o negroni (9€), a margarita (9€), o espresso martini (9€), o moscow mule (9€), ou o old fashioned (9€) também não faltam na carta. Por agora, para comer há apenas duas opções, já que tanto Luísa como Carlos são "apologistas de começar com o simples e bom”. O bun de pá de porco (9€) é servido com mostarda antiga e coentros em pão brioche, e o bun de salmão (9,50€) é servido com pepino e nata azeda também em pão brioche. “O nosso objectivo é que as pessoas, se estiverem confortáveis, se estiverem a beber um copo e se não quiserem sair para ir jantar, têm essa opção e podem continuar aqui”, diz Carlos.

Largo do Calhariz 19 (Bairro Alto). Qua-Qui 17.00-24.00, Sex-Sáb 18.00-02.00, Dom 17.00-24.00

+ The Best Chef e La Liste: nunca a gastronomia portuguesa subiu tão alto

+ Pedro Duarte, do hotel Wine & Books, no Porto, é o bartender do ano

Últimas notícias

    Publicidade