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No Goethe-Institut, os 30 anos da queda do Muro de Berlim celebram-se com cinema

Escrito por
Francisca Dias Real
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O Goethe-Institut Portugal celebra o 30.º aniversário da queda do Muro de Berlim com dois ciclos de cinema especiais em parceria com o Doclisboa. Além das projecções, o programa conta com conversas entre cineastas e activistas e um debate sobre o passado ditatorial. As celebrações começam já esta quinta-feira.

O arranque dá-se na Cinemateca Portuguesa, a propósito da retrospectiva Ascensão e Queda do Muro – O Cinema da Alemanha de Leste, apresentada no âmbito do Doclisboa. Este primeiro ciclo decorre entre 17 e 27 de Outubro com filmes produzidos nos tempos da República Democrática Alemã, principalmente pelo estúdio estatal de cinema Deutsche Film Aktiengesellschaft,  fundado após a Segunda Guerra Mundial. As obras – algumas delas proibidas, outras de propaganda – narram a vida política, social e cultural de uma Alemanha Oriental.  

A sessão de abertura faz-se com dois filmes de 1946, Berlin im Aufbau, de Kurt Maetzig, e Irgendwo in Berlin, de Gerhard Lamprecht, projectados a partir das 15.30. O cartaz completo com todos os filmes do ciclo pode ser visto no site do Doclisboa.

Mas a programação não fica por aqui. O cinema estende-se aos dias 28, 29 e 30 de Outubro com o ciclo Após a Queda do Muro, resultante igualmente de uma parceria com o Doclisboa e também com a Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa. A sociedade pós RDA e o ambiente citadino depois da queda do muro são os focos deste ciclo, cuja sessão de abertura está entregue ao realizador André as Voigt, que também estará presente na projecção com o seu filme Alles andere zeigt die Zeit (O Tempo o Dirá).

As sessões decorrem às 19.00 no próprio Instituto e são de entrada livre. No dia 29 é a vez do documentário Berlin - Prenzlauer Berg: Begegnungen zwischen dem 1. Mai und dem 1. Juli 1990 (Berlim – Prenzlauer Berg: Encontros entre 1 de maio e 1 de julho 1990), de Petra Tschörtner. O filme mostra imagens do bairro berlinense de Prenzlauer Berg durante o período da reunificação, ainda antes da união monetária entre os dois estados. No dia seguinte, passa Der Funktionär (O Funcionário), o primeiro documentário de Andreas Goldstein e que manteve o foco no seu pai, Klaus Gysi, uma das principais figuras da política cultural da RDA.

Para rematar, no dia 31, o Instituto recebe o debate "Como lidar com o passado: 30 anos da queda do Muro de Berlim, 45 anos da Revolução de Abril" no âmbito do ciclo Quo vadis, Europa?. O objectivo é partir destas duas datas históricas para falar sobre regimes ditatoriais. O debate é levado a cabo pela activista, política e ex-comissária federal alemã para os documentos dos Serviços de Segurança do Estado da antiga RDA, Marianne Birthler, e a investigadora portuguesa Irene Flunser Pimentel, com moderação de Reinhard Naumann, representante da Fundação Friedrich Ebert em Portugal.

Para relembrar a história, o Goethe-Institut convidou ainda Ingrid Miethe e Jörg Stiehler, dois alemães que viveram a queda do Muro de Berlim, para falar nalgumas escolas e universidades do Porto e Lisboa, entre 4 e 8 de Novembro.

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