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No Maria Peixeira, até o porco vem à rede

Escrito por
Tiago Neto
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O grande argumento é o que chega do mar, do bacalhau à dourada, do salmão ao polvo, mas nem só de peixe se faz a cozinha. No Maria Peixeira, o espaço que Filipe Lopes quis transformar em ode à pescaria, a carne também tem lugar.

À entrada, na janela, percebemos imediatamente ao que vamos. Aqui o assunto é peixe, de muitas formas e feitios, com combinações mais e menos clássicas. Os autocolantes preenchem grande parte do vidro com dizeres populares, trocadilhos arrancados à sabedoria popular como "não queiras o peixe do teu vizinho porque o teu vem a caminho" ou "em terra de peixe quem tem grelha é rei". Filipe Lopes foi a mão que pegou no espaço, anteriormente um bar, e lhe deu vida nova.

O chef e proprietário diz que se tratou de uma necessidade face à procura e consequente falta de oferta de conceitos onde o peixe seja figura central. Assim, combinando a experiência que trazia de projectos passados com a vontade de começar uma aventura diferente, Filipe pensou a carta, escolheu o produto e fez arrancar a cozinha. "Temos um conjunto de fornecedores em quem confiamos para nos trazer sempre o melhor produto", diz, "mas também gosto muito de ir escolher o peixe, ver o que há, trabalhar com isso."

Fotografia: Manuel Manso

A sazonalidade importa, apesar de existirem valores que nunca se afastam da carta como o bacalhau ou o polvo. Pela carta o princípio é o mesmo: pratos fixos e diários, que todos os dias se vão alterando. A abrir, os camarões à guilho (9€), a salada de polvo (6,50€), o pica pau de atum (8€) ou a sopa da peixeira (6€) são algumas das opções.

Nos pratos, o ceviche de salmão (11€) está presente, seguindo-se os filetes de dourada ou de robalo (12€), o risotto à bulhão pato com camarão (13,50€), o lombo de salmão (13,50€) com crosta de broa e ervas, batata doce no forno e feijão verde salteado ou o bife de atum (13€), braseado com molho teriyaki, batata doce e feijão verde salteado.

Filetes de dourada com molho de amêijoas, batata doce e feijão verde
Fotografia: Manuel Manso

Nas especialidades da casa, o lombo de bacalhau (16€) com crocante de milho e ervas, espinafre e batata doce é destaque. Dando lugar, logo de seguida, ao risotto de polvo e camarão (14,50€) e ao tigre pomposo (23€), onde o camarão tigre, feito na chapa, é perfumado com manteiga de manjericão, vestido de linguini nero com molho de lima e côco e, por último, acompanhado de tomate cherry. 

A carne é a última proposta da casa, com o bife da Maria (14,50€) – feito com cogumelos frescos, esmagada de batata doce e espinafres –, a picanha grelhada (13€) com cebola roxa caramelizada, arroz e feijão preto, e os secretos de porco preto (13,80€), com molho de pimenta verde e puré de ervilhas.

Secretos de porco preto com chips de batata doce a acompanhar
Fotografia: Manuel Manso

Pela carta há ainda saladas: da casa (9,80€), de mistura verde, salmão, queijo cabra e fruta, barriga fit (11€), com atum braseado, fruta e frutos secos ou a salada vegeta (8€) com tabulle de cuscus, cogumelos frescos, queijo de cabra, nozes e emulsão de manjericão. O menu para dois (52€) conta com entradas, um prato de peixe, um de carne, uma sobremesa, vinho ou outras bebidas. 

Para fechar, "as sobremesas são de inspiração caseira", conta Filipe. O leite creme (3€) era receita da avó e a panacotta de manjericão (4€) tinha mão da mãe. Há ainda bolo de chocolate (3€), estúpido de nome, ou o último suspiro (4,50€), com bolo de chocolate, creme de frutos vermelhos e suspiros.

O último suspiro
Fotografia: Manuel Manso

 Avenida Miguel Bombarda 133B (São Sebastião). 21 802 7019. Seg-Dom 12.00-15.30, 18.30-22.30.

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