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Lucas Azevedo
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No take-away japonês de Lucas Azevedo é o cliente que termina o prato em casa

Sebastião Almeida
Escrito por
Sebastião Almeida
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O chef especializado em gastronomia japonesa prepara um kit com todos os ingredientes e com instruções para que clientes terminem a confecção em casa. "É para fazer uma coisa diferente. São pratos fáceis de fazer, com alguma delicadeza."

Lucas Azevedo é um nome conhecido da gastronomia nipónica em Portugal. O chef brasileiro veio do clássico Bonsai, foi responsável por pop-ups como o Izakaya Tokkuri ou o Harmonia by Sake Miko, e em Fevereiro assumiu a barra do Praia no Parque, restaurante no topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa. Pelo meio, chegou a pandemia e a vida deu voltas.

O negócio está parado, à semelhança de tantos outros pela cidade e no resto do país. As nossas casas são agora o sítio onde passamos mais tempo. Para Lucas não é excepção. Os dias gastam-se, em grande parte, na cozinha, conta à Time Out por telefone. “Passava quase 24 horas na cozinha e por vezes cá em casa não conseguíamos dar vazão à comida que fazia”.

Foi assim que surgiu a ideia de preparar comida de conforto japonesa para take-away, uma vertente da cozinha nipónica “que a maioria das pessoas não conhece”. Para tornar a operação possível, Lucas usa as instalações do Pigmeu, restaurante e mercearia em Campo de Ourique. As recolhas são feitas ali, de terça a sábado e o preço do kit é de 35€, com uma refeição para duas pessoas.

Todas as semanas, no seu Instagram, são anunciados dois pratos a serem votados. O que recebe mais votos integra o menu da semana seguinte. Para encomendar, tem que enviar uma mensagem para a sua página na rede social com um dia de antecedência. Mas não é só encomendar e levantar quando está pronto. Lucas quis fazer uma coisa diferente. Quando chegam a casa, os clientes têm de arregaçar as mangas e terminar a confecção. E é nesse detalhe que um simples take-away se transforma numa experiência (acessível).

Há um kit elaborado pelo chef com todos os ingredientes necessários, já cortados e embalados a vácuo. A acompanhar, segue uma folha com todos os procedimentos e um tutorial em vídeo a explicar como terminar o processo. “Não serve para ensinar, é sim um acompanhamento”, explica.

São pratos fáceis de fazer, assegura, mas com alguma delicadeza. Não é preciso ter uma cozinha apetrechada ou conhecimentos culinários acima da média. O prato desta semana, kamo nanban, é um pato (pré-cozinhado), com molho kake, alho francês, cebolo e wakame. Mas na semana passada a receita escolhida foi um katsudon, um porco panado com cebola caramelizada e arroz pré-lavado, por exemplo.

A maior parte dos ingredientes são cozidos, traduzindo-se em “pratos quentes, baratos, e de conforto”. O cheesecake japonês (25€), uma receita que partilhou no Instagram por estes dias, é um extra que vai estando disponível quando há.

Encomendas: Instagram de Lucas Azevedo; Recolhas: Pigmeu, Rua 4 de Infantaria, 68 (Campo de Ourique), Ter-Sáb 18.30.

Restaurantes com entregas e take-away

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